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    Norte-americanos rejeitam planos expansionistas de Trump e priorizam economia doméstica

    Pesquisa da Reuters/Ipsos aponta que apenas 1% dos norte-americanos querem expansão territorial; maioria prefere combate à inflação

    Presidente dos EUA, Donald Trump, fala com repórteres, em Washington - 22/02/2025 (Foto: REUTERS/Craig Hudson)
    Luis Mauro Filho avatar
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    247 - Uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada nesta quarta-feira (13) revela que a grande maioria dos norte-americanos tem pouco ou nenhum interesse nas ambições expansionistas do presidente Donald Trump. 

    O levantamento aponta que apenas 1% dos entrevistados acreditam que o presidente deve priorizar a anexação de territórios estrangeiros, enquanto 61% defendem o combate à inflação como principal pauta de governo. Além disso, 13% afirmaram que a redução do tamanho do governo federal deveria ser a maior preocupação da Casa Branca no momento.

    O estudo, conduzido em meio às propostas controversas de Trump sobre a incorporação de territórios como Groenlândia, Canadá e até mesmo Gaza, evidencia um desalinhamento entre a administração republicana e as prioridades da população norte-americana. Mesmo entre os eleitores republicanos, a adesão aos projetos expansionistas do presidente é limitada.

    Baixo apoio à anexação de territórios

    A pesquisa mostra que a ideia de absorver o Canadá para torná-lo o 51º estado dos EUA é rejeitada por 83% dos entrevistados. Apenas 17% apoiam a proposta, incluindo 26% dos republicanos. Já a possibilidade de anexação da Groenlândia recebeu apoio de 45% dos republicanos, mas foi fortemente rechaçada por 88% dos democratas. A Dinamarca, que tem soberania sobre a ilha, já declarou publicamente que não pretende vender o território, apesar de ameaças tarifárias feitas por Trump.

    Outra proposta polêmica, que envolve assumir Gaza sob o pretexto de promover a paz no Oriente Médio, também recebeu baixa adesão: apenas 21% dos entrevistados apoiam a ideia, com 34% de aprovação entre republicanos. A medida foi duramente criticada por especialistas e grupos de direitos humanos, que a consideram inviável e comparável a uma limpeza étnica.

    Apoio condicional à Ucrânia vinculado a interesses econômicos

    Embora haja uma clara rejeição às políticas expansionistas, a pesquisa indicou um apoio considerável a uma das principais estratégias de Trump em relação à guerra na Ucrânia. Quase metade dos entrevistados (44%) afirmaram concordar com a ideia de condicionar o apoio militar dos EUA à Ucrânia à obtenção de uma parcela da riqueza mineral ucraniana. A proposta tem grande adesão entre os republicanos, com dois terços apoiando a medida, enquanto um em cada cinco democratas também endossam essa abordagem. 

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