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"O Brasil não tem nada o que fazer na Otan", diz Celso Amorim

O ex-chanceler denunciou o plano de incorporar o Brasil à Organização do Tratado do Atlântico Norte e afirmou que isso geraria riscos, pois tornaria o País um competidor de países como Rússia e China. Assista na TV 247

Celso Amorim (Foto: Adonis Guerra/SMABC)

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247 - O ex-chanceler Celso Amorim criticou, em entrevista à TV 247, a oferta para que o Brasil se torne um parceiro global da Otan (Organização Tratado Atlântico Norte) e revogue a condição de aliado extra-Otan, concedida ao País ainda no governo de Donald Trump.

Um grupo de 63 congressistas dos Estados Unidos enviou uma carta ao presidente Joe Biden em que pedem a revisão da recomendação. “O Brasil não deve ter nada a ver com isso”, defendeu o ex-ministro.

A presença na Otan abasteceria o Exército brasileiro, mas o alinharia de vez aos interesses do Ocidente, explicou Amorim. “63 parlamentares norte-americanos estão conclamando o presidente dos Estados Unidos a primeiro retirar o status de aliado extra-Otan, que foi ‘dado’ depois da visita do Bolsonaro, e também a não seguir adiante com a outra ideia de o Brasil ser membro associado da Otan. Eu quero dizer o seguinte: o Brasil não tem nada o que fazer na Otan. Primeiro que a Otan é sobre o Atlântico Norte, e o Brasil está no Atlântico Sul. Há a parte brasileira que está acima do Equador, mas geopoliticamente é Atlântico Sul. Os velhos conflitos do Atlântico Norte não têm nada a ver conosco. Nós não queremos nada a ver com eles. Nós queremos ter boas relações com os Estados Unidos, obviamente, mas queremos manter também boas relações com a Rússia”, defendeu ele. 

Além disso, Amorim lembrou que a Otan teve forte presença no Afeganistão e “busca o apoio europeu, que não conseguiu até hoje, para a competição com a China”. Segundo ele, o Brasil não deve ser arrastado para esses conflitos.

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