O que esperar da Cúpula do Brics

247 - O segundo dia da 16ª  Cúpula do Brics acontece nesta quarta-feira (23) na cidade russa de Kazan, sob o tema ‘Fortalecimento do multilateralismo para o desenvolvimento global equitativo e a segurança’, destaca reportagem do RT.

Participam no evento mais de 20 líderes mundiais e mais de 30 delegações, que irão compilar os planos para o segundo dia do encontro internacional do grupo, que defende o aumento cada vez maior da utilização das moedas nacionais no comércio internacional.

Durante o dia, o presidente russo, Vladimir Putin, após as reuniões de líderes,  num formato restrito e alargado , terá reuniões de trabalho com o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian; o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan; e o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali.

Além disso, continuarão a chegar novos chefes de estado e de governo, como o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, o primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinián; do Vietnã, Pham Minh Chinh, entre outros.

O conselheiro presidencial russo, Yuri Ushakov, anunciou anteriormente que as duas reuniões de quarta-feira, tanto no formato restrito como no formato expandido, “serão dedicadas ao fortalecimento do multilateralismo ”. Os líderes avaliarão a cooperação na economia, no comércio e na cultura. Os relatórios serão apresentados por Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, entre outros. Igor Shuválov, chefe da empresa estatal russa Vnesheconombank (VEB.RF), e Anna Nesterova, presidente da BRICS Women's Business Alliance, também participarão.

O fórum em Kazan ocorre num momento de preocupação crescente no Ocidente sobre o possível declínio da influência do dólar, de acordo com numerosos relatos da mídia .

Ao mesmo tempo, a popularidade do bloco cresce no cenário internacional. Segundo  estimativas  de Vladimir Putin , 34 países manifestaram o desejo de aderir ao bloco de uma forma ou de outra. Entretanto, a reunião de Kazan é a primeira reunião de alto nível a ser realizada num formato alargado com a participação dos novos membros : Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia, aos quais se juntam Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.