O que revelam os arquivos liberados por Trump sobre o assassinato de JFK?
Maior parte do material já havia sido divulgada em anos anteriores, mas com trechos censurados
247 – A Administração Nacional de Arquivos e Registros dos Estados Unidos divulgou cerca de 63 mil páginas em mais de 2.100 arquivos PDF relacionados ao assassinato do presidente norte-americano John F. Kennedy, ocorrido em 1963. Apesar da grande quantidade de documentos, não há revelações inéditas que alterem a conclusão de que Lee Harvey Oswald agiu sozinho no crime.
A liberação dos arquivos foi determinada por uma ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump em janeiro, prevendo a divulgação de registros governamentais sobre os assassinatos de John F. Kennedy, do senador Robert F. Kennedy (D-NY), e do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr.
A maior parte do material já havia sido liberada em anos anteriores, mas com trechos censurados para proteger identidades de agentes da CIA e outras informações sigilosas. A promessa deTrump, por sua vez, era tornar disponíveis registros sem censura ao público.
Os documentos divulgados oferecem um retrato da tensão política da época, principalmente em meio ao clima de Guerra Fria entre os EUA e a União Soviética, logo após a Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962. Em entrevista ao USA Today, o escritor James Johnston, autor do livro Murder, Inc.: The CIA under John F. Kennedy, destacou que a liberação dos registros não afeta a CIA quanto ao trabalho da agência no caso.
“Se fosse algo que comprometesse a agência ou contasse uma história diferente, eles não teriam entregue os documentos aos Arquivos Nacionais em primeiro lugar,” afirmou Johnston.
Novas informações
Ainda há a expectativa de que mais dados sejam divulgados. Estima-se que um total de 80 mil páginas deve ser revisado pelo Departamento de Justiça antes da liberação completa.
As novas informações encontradas nos arquivos recém-divulgados também apontam que a CIA ocultou a ligação do alto oficial James Jesus Angleton com a inteligência israelense.
Angleton, que atuou para minar a política de John F. Kennedy de impedir que Israel obtesse armas nucleares, foi identificado como responsável por encobrir documentos da Comissão Warren sobre o assassinato do presidente.
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