Ocidente afirma que Coreia do Norte enviou tropas para a Rússia para justificar presença militar na Ucrânia, diz Lavrov
Em relação às relações entre Rússia e Coreia do Norte, Lavrov ressaltou que Moscou não esconde seu acordo de parceria estratégica abrangente com Pyongyang
247 - O Ocidente tem feito alegações de que a Coreia do Norte enviou tropas para ajudar a Rússia como justificativa para sua presença militar na Ucrânia, declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, nesta segunda-feira (28), segundo informações da Sputnik.
“O presidente [Putin] já apresentou evidências de que militares ocidentais têm lutado nas fileiras das forças armadas ucranianas, incluindo mercenários e voluntários. Há também instrutores, sem os quais seria impossível para eles usarem não apenas armas ocidentais de longo alcance, mas também armas ucranianas de longo alcance... Mas as astutas declarações de que 'nós [o Ocidente] enviaremos tropas para a Ucrânia sob algum pretexto' são provavelmente apenas uma tentativa de justificar retroativamente o que já vem acontecendo há muito tempo,” afirmou Lavrov em uma coletiva de imprensa.
O ministro russo, que falou após um encontro com o chanceler do Kuwait, Abdullah Ali Al-Yahya, em Moscou, disse que as tropas ucranianas não conseguiriam operar sistemas de mísseis sem a ajuda de especialistas ocidentais ou dados de reconhecimento espacial, fornecidos como parte da "guerra híbrida da Otan e da União Europeia contra a Rússia."
Em relação às relações entre Rússia e Coreia do Norte, Lavrov ressaltou que Moscou não esconde seu acordo de parceria estratégica abrangente com Pyongyang, que foi divulgado publicamente após sua assinatura em junho. Ele insistiu que o pacto não viola nenhuma disposição do direito internacional, pois implica assistência mútua em caso de ataque militar a uma das partes, entre outros aspectos.
No início de outubro, o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, afirmou que a Coreia do Norte já havia enviado soldados para auxiliar a Rússia na operação especial. A Casa Branca e a Otan disseram em declarações separadas que não puderam confirmar essa informação. O enviado norte-coreano à ONU rejeitou as acusações, e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou a inconsistência nas alegações feitas pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos.
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