247 - O envio de tropas de paz para territórios historicamente russos pode levar ao desencadeamento de uma Terceira Guerra Mundial. O alerta foi feito por Sergey Shoigu, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, em entrevista concedida nesta quarta-feira (24) à agência estatal TASS, em meio às crescentes tensões envolvendo a guerra na Ucrânia e os movimentos de potências ocidentais no cenário europeu.
Shoigu fez duras críticas à chamada “coalizão dos dispostos”, grupo de países que, segundo ele, planeja enviar forças para a Ucrânia sob o rótulo de missões de paz. "Políticos sensatos na Europa entendem que a implementação desse cenário pode levar a um confronto direto entre a OTAN e a Rússia ou até mesmo desencadear a Terceira Guerra Mundial mais adiante", advertiu o alto funcionário russo.
Ao longo da entrevista, Shoigu rejeitou categoricamente a ideia de que essas forças tenham qualquer papel neutro ou humanitário. “A noção de ‘mantenedores da paz’ esconde a busca pelo controle da Ucrânia e de seus recursos minerais”, afirmou. “Seria mais correto chamar essas tropas de invasoras ou ocupantes.”
Segundo ele, a presença militar proposta por países da OTAN representa uma ameaça direta à soberania russa e perpetua políticas discriminatórias contra a população de origem russa na Ucrânia. “Pois seriam tropas dos países da OTAN cuja presença a Rússia se opôs mesmo antes da operação militar especial”, lembrou, referindo-se à ofensiva militar russa iniciada em fevereiro de 2022.
Shoigu também acusou os potenciais “pacificadores” de apoiarem o “regime nazista” em Kiev e criticou duramente a repressão a fiéis da Igreja Ortodoxa russa e aos falantes de língua russa em território ucraniano. “Esta não seria uma missão de manutenção da paz”, insistiu, reforçando que a intenção velada dessas operações é o domínio político e econômico da região.
Para Shoigu, a rejeição internacional às propostas ocidentais reforça o ceticismo global em relação a essas iniciativas. “Talvez por isso a verdadeira maioria global demonstrou pouca inclinação para se juntar a iniciativas semelhantes de ‘manutenção da paz’”, concluiu.
A entrevista marca mais um capítulo nas tensões entre Moscou e as potências da OTAN, em especial os Estados Unidos, cujo presidente, Donald Trump, vem pressionando por um aumento do envolvimento militar e político ocidental na Europa Oriental. O Kremlin, por sua vez, reforça a opinião de que sua ação na Ucrânia é uma resposta legítima às ameaças à sua segurança e à proteção das populações de etnia russa.

José Reinaldo

Sergey Shoigu, secretário do Conselho de Segurança da Rússia

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Mundo

Shoigu alerta para risco de Terceira Guerra Mundial se OTAN enviar tropas à Ucrânia

247 - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou nesta quarta-feira (23) que chegou ao fim a era em que os EUA arcavam sozinhos com a segurança da Europa. A fala foi feita durante uma apresentação na Escola de Guerra do Exército dos EUA e repercutida pela Sputnik Internacional.
“O tempo de os Estados Unidos serem os únicos garantidores da segurança europeia já passou”, afirmou Hegseth. A declaração sinaliza uma mudança de tom significativa na política de segurança transatlântica e ecoa críticas recorrentes do presidente dos EUA, Donald Trump, que cobra dos aliados europeus um aumento expressivo nos investimentos militares.
Hegseth reforçou que os países europeus precisam assumir maior protagonismo na defesa do continente e reiterou o apelo de Washington para que os aliados da OTAN ampliem seus gastos com defesa. “Fizemos o mesmo apelo aos nossos aliados. Dois por cento [de gastos com defesa] não são suficientes, considerando a ameaça que vocês enfrentam”, alertou o secretário.
O presidente dos EUA, Donald Trump, tem sido uma das vozes mais críticas dentro do governo norte-americano em relação ao que considera uma "submissão excessiva" dos países europeus à proteção dos Estados Unidos.&nbsp;
As declarações de Hegseth ocorrem em um momento de crescente tensão geopolítica no continente europeu, com o prolongamento da guerra na Ucrânia.&nbsp;
Analistas internacionais destacam que o incentivo aos gastos militares por parte dos europeus coincide com uma tendência mais ampla do governo dos EUA de reorientar seus recursos estratégicos para outras áreas do globo, especialmente o Indo-Pacífico, onde a rivalidade com a China tem ganhado centralidade na política externa norte-americana.
O discurso de Hegseth reabre um antigo debate sobre o equilíbrio de responsabilidades dentro da OTAN e marca um possível novo capítulo na relação entre Washington e seus parceiros europeus, em um mundo cada vez mais multipolar e instável.

Governo Trump diz que EUA não serão mais a principal garantia da defesa europeia

247 - O governo russo recebeu positivamente a recente declaração dos Estados Unidos descartando a possibilidade de adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (21) por agências internacionais, com base em reportagem original da Reuters. O posicionamento do presidente dos EUA, Donald Trump foi interpretado pelo Kremlin como um gesto alinhado aos interesses estratégicos da Federação Russa.
"Ouvimos de Washington, em vários níveis, que a adesão da Ucrânia à OTAN está excluída", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante conversa com jornalistas. "Claro, isso é algo que nos deixa satisfeitos e coincide com a nossa posição."&nbsp;
No domingo (20), o general Keith Kellogg, enviado dos Estados Unidos, declarou que a entrada da Ucrânia na aliança militar liderada pelos EUA está “fora de cogitação”, ecoando falas anteriores de Trump, que responsabiliza o apoio ocidental à candidatura ucraniana pela escalada do conflito. Essa avaliação tem sido frequentemente utilizada por Moscou para justificar sua ofensiva militar iniciada em 2022.&nbsp;
Peskov reiterou que a OTAN representa uma ameaça direta aos interesses nacionais russos. “A adesão da Ucrânia à aliança liderada pelos EUA representaria uma ameaça aos interesses nacionais da Federação Russa. E, de fato, esta é uma das causas profundas deste conflito”, disse o porta-voz.
De acordo com a Reuters, o presidente russo Vladimir Putin tem reiterado que o fim da guerra depende de dois fatores: o abandono formal da candidatura ucraniana à OTAN e a retirada total das tropas de Kiev das quatro regiões ucranianas reivindicadas por Moscou — atualmente sob controle majoritário da Rússia.
Neste domingo (20), Trump voltou a se pronunciar, afirmando esperar que Rússia e Ucrânia cheguem a um acordo ainda nesta semana. Questionado sobre essa declaração, Peskov adotou cautela: “Não quero fazer nenhum comentário agora, especialmente sobre o prazo”, respondeu.
Até o momento, Kiev não se pronunciou oficialmente sobre as recentes declarações de Trump e Kellogg.

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em Moscou
11/12/2024 

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Kremlin vê com bons olhos declaração dos EUA contrária ao ingresso da Ucrânia na Otan

Reuters - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vê a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, como uma valiosa intermediária com a Europa em relação ao comércio, gastos com a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e outras questões, disse uma autoridade graduada dos EUA nesta quinta-feira, antes de uma reunião entre ambos.
Os dois líderes têm "um relacionamento muito especial" e planejam trabalhar juntos em questões como o fim da guerra na Ucrânia, disse o funcionário a repórteres em uma teleconferência.

Guilherme Levorato

Trump vê Meloni, da Itália, como valiosa interlocutora com Europa e Otan

247 - O governo de Donald Trump, avalia cortar drasticamente o financiamento destinado a organizações internacionais, como a Otan e a ONU. A informação foi revelada pelo jornal The New York Times na segunda-feira (14), com base em fontes oficiais e em um memorando interno obtido pela publicação.
De acordo com o NYT, a proposta de orçamento reduziria quase pela metade os recursos do Departamento de Estado e eliminaria “quase todo o financiamento” para entidades multilaterais. A medida atingiria também operações de manutenção da paz, programas globais de saúde, intercâmbios educacionais e culturais e ações de assistência humanitária — que sofreriam cortes superiores a 50%.
A Associated Press confirmou a existência do plano e ouviu um alto funcionário do governo, que descreveu o esboço orçamentário como “agressivo” nos seus objetivos de redução de gastos. Ainda segundo a agência, o texto precisa passar por diversas etapas de análise antes de ser submetido ao Congresso.
Questionada sobre os rumores de cortes no financiamento à Otan, a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, afirmou que o governo “permanece totalmente comprometido com o bloco militar”. Ela destacou, no entanto, que Washington enxerga a aliança atlântica principalmente como um mecanismo de dissuasão e não como instrumento de guerra.

Trump cogita cortar quase todo o financiamento dos EUA à Otan, diz New York Times

247 - O governo da Suécia oficializou nesta terça-feira (1) a compra de quatro aeronaves C-390 Millennium da Embraer, consolidando-se como o nono país a adquirir o modelo da fabricante brasileira."Estamos orgulhosos de dar mais este passo", disse o secretário-geral do Ministério da Defesa sueco, Peter Sandwall, durante a feira LAAD (Latin America Aerospace and Defence), no Rio de Janeiro, de acordo com a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/04/suecia-anuncia-compra-de-4-avioes-de-transporte-da-embraer.shtml">Folha de S. Paulo</a>.&nbsp;
A aquisição será feita em um consórcio formado com Holanda e Áustria, esta última, apesar de não integrar formalmente a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mantém estreita colaboração com a aliança. A Suécia, por sua vez, tornou-se membro oficial da Otan em 2024, encerrando mais de dois séculos de neutralidade em resposta à guerra entre Rússia e Ucrânia.
Com a nova encomenda, o C-390 Millennium, também conhecido por sua designação militar KC-390 (versão com capacidade de reabastecimento em voo), atinge a marca de seis países da Otan que optaram pelo modelo da Embraer, desafiando o domínio histórico do veterano norte-americano C-130 Hércules. Já adquiriram a aeronave: Portugal (5 unidades), Hungria (2), Eslováquia (3), República Tcheca (2), Holanda (5) e agora Suécia (4).
Fora do bloco, também compraram o aviã:o Áustria (4), Coreia do Sul (3) e um cliente não identificado — que o mercado suspeita ser o Uzbequistão (2). Com foco crescente, a Embraer mira novos mercados com potencial de grande escala, como Índia e Arábia Saudita, que juntos podem demandar mais de 100 unidades. Há ainda negociações em andamento com países com frotas menores, como Chile e Marrocos.
Diante da expansão, a empresa brasileira já discute a instalação de uma nova linha de montagem no exterior. As negociações envolvem parceiros estratégicos como Índia e Arábia Saudita. Na Europa, a Embraer já controla uma fabricante em Portugal e mantém parceria com uma empresa polonesa para ampliar a produção de componentes do KC-390 no continente.
O desempenho operacional da aeronave também tem contribuído para sua crescente aceitação internacional. Segundo dados da Embraer, os países que já operam o avião registram 93% de disponibilidade de frota e 99% de sucesso nas missões realizadas. “Essas aeronaves também ampliarão as sinergias europeias existentes em interoperabilidade, treinamento e suporte ao ciclo de vida”, destacou Bosco da Costa Júnior, presidente da Embraer Defesa &amp; Segurança.
Ainda de acordo com a reportagem, embora a venda à Suécia seja uma conquista para a Embraer, as tratativas do lado brasileiro enfrentam entraves. Desde 2023, Brasil e Suécia negociam uma operação conjunta em que os europeus substituiriam seus Hércules pelos C-390, e a Força Aérea Brasileira compraria mais 14 caças Gripen, elevando sua frota de 36 para 50 unidades.
No entanto, ainda há divergências sobre como proceder com a ampliação sem um novo contrato formal. Embora a legislação permita um aditivo, os detalhes técnicos e o impacto fiscal — estimado em até R$ 4 bilhões no longo prazo — dificultam o avanço, sobretudo diante do cenário orçamentário instável do país.

Paulo Emilio

Economia

Suécia compra aviões C-390 e Embraer avança no mercado da Otan

247 - Autoridades de países-membros da União Europeia (UE) estão preocupadas que a administração Trump possa parar de apoiar sistemas de armas feitos pelos EUA e usados por seus aliados da OTAN na Europa, informa o The Washington Post, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
Os EUA têm fornecido quase dois terços das importações de armas da Europa nos últimos anos, destaca o site Sputnik. Muitos dos sistemas são mantidos e operados por pessoal norte-americano. Equipamentos contendo componentes dos EUA também podem enfrentar restrições se o apoio for retirado.
De acordo com o jornal, as autoridades temem que a dependência da defesa antimíssil americana, aeronaves de vigilância, drones e jatos de combate possam se tornar uma grande vulnerabilidade, dadas as tensas relações do presidente Donald Trump com a UE. Alguns estão preocupados com o fato de que as plataformas feitas nos EUA poderiam ficar inoperacionais se o acesso a peças, software ou dados for bloqueado.
"Não é como se o presidente Trump pudesse apenas apertar um botão e todas as aeronaves cairiam do céu", disse uma fonte europeia ao The Washington Post. "Mas há uma questão de dependência", particularmente em inteligência e comunicações, acrescentou o oficial.
Vários Estados-membros estão revendo os seus arsenais para avaliar o quão expostos estariam no caso de um corte de apoio.

Tensões com a Europa levam aliados dos EUA a reconsiderar dependência militar, aponta The Washington Post

247 - A Otan está planejando pedir a seus países-membros europeus e canadenses que aumentem seus estoques de armamento e equipamento em cerca de 30% nos próximos anos, disseram fontes à Bloomberg. De acordo com Rainer Rothfuss, deputado da AfD, os principais países da aliança, como Alemanha e França, teriam uma carga fiscal insustentável, seriam forçados a se endividar e precisariam cortar programas sociais, caso aceitassem o pedido feito pela Organização do Tratado do Atlântico Norte.
"Podemos tomar o exemplo da Alemanha, onde tivemos uma espécie de golpe de Estado de política financeira esta semana", depois que o Bundestag (Parlamento) votou pela mudança da Lei Básica para suspender as restrições de dívida e aumentar os gastos de defesa, afirmou o parlamentar, que também é analista geopolítico e consultor.
"As restrições orçamentárias que estavam até mesmo inscritas em nossa Constituição precisaram ser alteradas para obter a flexibilidade financeira a fim de investir tanto em defesa. Isso nos mostra que não é uma questão de gastos prioritários, [mas] uma questão de, eu diria, falência, caso esse tipo de política seja seguido nos próximos anos, não apenas pela Alemanha, mas também por outros países", alertou o político.
"A França, por exemplo, [tem] uma situação orçamentária ainda mais contida, lutando economicamente para manter empregos na indústria," e como a Itália, deveria estar investindo na competitividade de suas indústrias, não jogando dinheiro fora em defesa em um momento em que a crise de segurança na Europa está potencialmente mais perto de um acordo de paz do que nunca, acredita Rothfuss.
Quanto à Alemanha, se seu declínio industrial piorar, ela não será capaz de financiar a União Europeia (UE) na faixa de 25% dos gastos do bloco, o que teria sérios efeitos colaterais para outros membros, alertou o parlamentar.
O diretor da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais, sediada em Paris, Jacques Sapir, diz que um aumento de 30% pode não parecer muito, e ser até mesmo administrável por alguns países, como a França, dado o declínio em larga escala nos estoques da OTAN de 40-60% após o fim da Guerra Fria.
Mas outros, como a Itália, Bélgica, Alemanha e Países Baixos, podem precisar de um aumento de 30% a 50% nos gastos, dado o declínio na produção de defesa nas últimas três décadas, disse ele, acrescentando que isso pode levar de três a cinco anos para ser realizado por países como França, Alemanha e Reino Unido, e provavelmente mais para o Canadá.
No mês passado, a Bloomberg calculou que um aumento nos gastos militares europeus e a continuação da guerra por procuração contra a Rússia sem a assistência dos EUA podem custar até US$ 3 trilhões (cerca de R$ 17,2 trilhões) em dez anos — um fardo enorme para uma região que sofre de estagnação econômica e desindustrialização generalizada (com Sputnik).

Leonardo Lucena

Europa pode ter carga fiscal insustentável caso aceite as novas demandas da Otan, sugerem analistas

Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quinta-feira ao secretário-geral da Otan, Mark Rutte, que o controle do país sobre a Groenlândia é necessário para melhorar a segurança internacional, intensificando sua campanha para anexar a ilha estratégica do Ártico.
"Sabe, Mark, precisamos disso para a segurança internacional, não apenas para a segurança -- internacional -- temos muitos dos nossos 'players' favoritos navegando pela costa, e temos que ser cautelosos", disse Trump a Rutte, enquanto estavam sentados lado a lado no Salão Oval da Casa Branca para conversas. "Falaremos com você."
Questionado diretamente sobre a perspectiva de anexação, Trump disse: "Acho que isso vai acontecer".
Trump fez da anexação da Groenlândia pelos EUA um grande assunto de discussão desde que assumiu o cargo, em 20 de janeiro. Os comentários desta quinta-feira sugeriram que ele pode querer a Otan envolvida em sua tentativa de tomar a ilha, um território dinamarquês semiautônomo.
Os comentários provocaram uma rápida rejeição do primeiro-ministro da Groenlândia.
"O presidente dos EUA mais uma vez expressou a ideia de nos anexar", disse Mute Egede em uma publicação no Facebook. "Já chega."
Jens-Frederik Nielsen, líder do partido pró-negócios Demokraatit da ilha, que venceu as eleições parlamentares da Groenlândia na terça-feira, também rejeitou os comentários.
"A declaração de Trump dos EUA é inapropriada e apenas mostra mais uma vez que devemos nos unir em tais situações", escreveu Nielsen no Facebook.
A Otan e a embaixada da Dinamarca em Washington não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
Pesquisas de opinião sugerem que a maioria dos groenlandeses se opõe à adesão aos EUA, embora a maioria seja a favor de uma eventual independência da Dinamarca.
Mesmo antes de iniciar seu segundo mandato como presidente, Trump disse que esperava tornar a Groenlândia parte dos Estados Unidos, embora a Dinamarca, aliada da Otan, diga que o país não está à venda.
A localização estratégica e os ricos recursos minerais da Groenlândia podem beneficiar os EUA. A ilha fica na rota mais curta da Europa para a América do Norte, vital para o sistema de alerta de mísseis balísticos dos EUA.
Trump também conseguiu irritar os canadenses com sua proposta de que o país se torne o 51º estado dos EUA. Ele também exige que os EUA exerçam mais influência sobre o canal do Panamá.
Rutte disse a Trump que deixaria a questão do futuro da Groenlândia para outros e que não quer "arrastar a Otan" para o debate. Ele afirmou que este deveria ser um tópico para países no "extremo norte", porque a China e a Rússia estão usando rotas aquáticas na área.
Trump persistiu, dizendo que a Dinamarca estava se recusando a discutir o assunto e que ele poderia enviar mais tropas norte-americanas para reforçar as bases dos EUA na Groenlândia.
"Temos lidado com a Dinamarca, temos lidado com a Groenlândia, e temos que fazer isso. Realmente precisamos disso para a segurança nacional. Acho que é por isso que a Otan pode ter que se envolver de alguma forma, porque realmente precisamos da Groenlândia para a segurança nacional. É muito importante", disse Trump.
Trump também tentou minar a reivindicação da Dinamarca à ilha.
"Sabe, a Dinamarca é muito longe, e realmente não tem nada para fazer. O que acontece, um barco atracou lá há 200 anos ou algo assim? E eles dizem que têm direitos sobre isso. Não sei se isso é verdade. Não acho que seja", disse.

Luis Mauro Filho

Secretário-geral da Otan, Mark Rutte, encontra-se com presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca
13/03/2025

Trump diz a secretário-geral da Otan que EUA precisam da Groenlândia

247 - O bilionário Elon Musk, que atua como conselheiro-sênior na Casa Branca e Comissário do Departamento de Eficiência Governamental do governo Donald Trump, defendeu, na madrugada deste domingo (9), que os Estados Unidos deixem a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A declaração foi feita em resposta a um tweet do senador republicano Mike Lee, que pediu a saída imediata dos EUA da aliança militar.
"Nós realmente deveríamos [sair da OTAN]. Não faz sentido os Estados Unidos pagarem pela defesa da Europa", escreveu Musk, em resposta ao senador Lee. O tweet do parlamentar republicano era uma reação a um vídeo que mostrava um protesto de mulheres em Paris, que desfilavam nuas pelas ruas com pinturas corporais denunciando a ascensão do fascismo e do nazismo na União Europeia e nos EUA. As pinturas retratavam bandeiras da UE e dos EUA com os dizeres "epidemia fascista".
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">We really should. Doesn’t make sense for America to pay for the defense of Europe. <a href="https://t.co/jXs6yNA8Re">https://t.co/jXs6yNA8Re</a>— Elon Musk (@elonmusk) <a href="https://twitter.com/elonmusk/status/1898601328722489362?ref_src=twsrc%5Etfw">March 9, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
Contexto político - A declaração de Musk reflete uma postura cada vez mais alinhada à extrema-direita, que tem ganhado força dentro do governo Trump. Desde que assumiu cargos de influência na administração federal, o bilionário tem adotado posicionamentos controversos, incluindo críticas a organizações multilaterais e defesa de políticas isolacionistas.
A OTAN, criada em 1949, é uma aliança militar que reúne países da América do Norte e da Europa com o objetivo de garantir a segurança coletiva dos membros. Os Estados Unidos são o principal contribuinte financeiro da organização, o que tem gerado críticas de setores conservadores e nacionalistas, que argumentam que o país não deveria arcar com os custos da defesa europeia.
O tweet também ganha especial destaque no atual contexto da Guerra da Ucânia, em que a administração Trump tem se afastado do governo de Volodymyr Zelensky e defendido o fim imediato do confronto com os russos.

Guilherme Paladino

Bilionário proprietário do X Elon Musk durante comício de Donald Trump, em Nova York, EUA

"Os EUA realmente deveriam sair da OTAN", diz Elon Musk

Reuters - A Comissão Europeia propôs nesta terça-feira (4) um novo empréstimo conjunto da União Europeia no valor de 150 bilhões de euros (cerca de 157,76 bilhões de dólares) para financiar governos do bloco em investimentos na área de defesa. A iniciativa faz parte de um esforço total de financiamento de 800 bilhões de euros para fortalecer as capacidades militares da Europa.
Os líderes europeus estão sob forte pressão para aumentar os gastos com defesa, especialmente após o retorno de Donald Trump ao cenário político dos Estados Unidos, que serviu como um alerta para que a Europa não dependa cegamente do apoio de Washington.
Segundo a Comissão, o financiamento conjunto seria destinado ao desenvolvimento de capacidades paneuropeias, incluindo defesa aérea e antimísseis, sistemas de artilharia, mísseis e munições, drones e sistemas antidrone, além de atender a outras necessidades, como cibersegurança e mobilidade militar.
"Isso ajudará os Estados-membros a consolidar a demanda e a comprar em conjunto. Isso reduzirá custos, diminuirá a fragmentação, aumentará a interoperabilidade e fortalecerá nossa base industrial de defesa", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Von der Leyen não especificou um cronograma detalhado para a implementação do plano, mas destacou a necessidade de aumentar os investimentos "de forma urgente agora e também ao longo desta década".
Os líderes da UE discutirão a proposta em uma cúpula especial dedicada aos gastos com defesa na próxima quinta-feira.
A Comissão também propôs que os investimentos em defesa sejam isentos dos limites fiscais impostos pelas regras da UE sobre gastos governamentais.
"Se os Estados-membros aumentassem seus gastos com defesa em 1,5% do PIB, em média, isso poderia criar um espaço fiscal próximo a 650 bilhões de euros", disse von der Leyen.
Além disso, a Comissão sugeriu que os fundos de coesão da UE – tradicionalmente destinados a reduzir desigualdades econômicas entre os países do bloco – também possam ser utilizados para projetos de defesa.
Somando esses fatores, a iniciativa poderia disponibilizar até 800 bilhões de euros para os governos europeus investirem na área militar.
"A Europa está pronta para assumir suas responsabilidades. Podemos mobilizar quase 800 bilhões de euros para uma Europa segura e resiliente. Continuaremos a trabalhar em estreita cooperação com nossos parceiros da OTAN. Este é um momento crucial para a Europa. E estamos prontos para dar esse passo", declarou von der Leyen.
Após o anúncio, o índice Stoxx Europe Aerospace and Defence (.SXPARO) registrou alta.
Donald Trump, que gerou dúvidas na Europa sobre o compromisso dos EUA com a aliança de segurança da OTAN, afirmou que os membros europeus da organização deveriam destinar 5% do PIB para defesa – um nível que nenhum país da aliança, incluindo os próprios Estados Unidos, atinge atualmente.
Além disso, Trump suspendeu a ajuda militar à Ucrânia após um embate com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy na semana passada, deixando os países europeus em alerta e buscando estratégias para reagir.

Com incerteza dos EUA, UE avança com plano de 800 bilhões de euros para defesa própria e da Ucrânia

247 - O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que fará um “grande” anúncio previsto para esta terça-feira (4). Entre as possibilidades levantadas por analistas, destaca-se a hipótese de uma possível saída dos Estados Unidos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O analista geopolítico S.L. Kanthan sugeriu essa possibilidade em uma publicação nas redes sociais.
A possibilidade de uma saída dos Estados Unidos da OTAN representaria uma mudança drástica na política externa americana e poderia ter implicações profundas para a segurança global. A comunidade internacional aguarda atentamente o pronunciamento de Trump para compreender as possíveis consequências dessa decisão.
A expectativa pelo anúncio ocorre em um contexto de aumento da tensão entre EUA e Europa. O governo americano já suspendeu financiamentos de novas armas para o governo ucraniano do presidente Volodymyr Zelensky. Ao mesmo tempo, a França e a União Europeia defenderam mais investimento em defesa para os países do continente europeu, onde Rússia e Ucrânia estão em guerra.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">The big rumour is that Trump will announce that the US is leaving NATO in his address to the joint session of US Congress tonight. 😳 That would the biggest shocking news in geopolitics since the fall of the Berlin Wall. <a href="https://t.co/vUOhTIKCC8">pic.twitter.com/vUOhTIKCC8</a>— S.L. Kanthan (@Kanthan2030) <a href="https://twitter.com/Kanthan2030/status/1896668783357702248?ref_src=twsrc%5Etfw">March 3, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
Presidido por Vladimir Putin, o governo russo é contra a entrada dos ucranianos na OTAN, liderada pelos EUA. Os norte-americanos têm o controle da defesa nuclear da OTAN e mantêm cerca de 100 ogivas nucleares do modelo B61 em bases em cinco países europeus: Bélgica, Alemanha, Holanda, Turquia e Itália.
Eventuais conflitos nucleares entre Europa e Rússia não ficariam restritos ao continente europeu. O princípio central da OTAN é o Artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte, que estabelece que um ataque armado contra um ou mais membros será considerado uma agressão contra todos, comprometendo a aliança à defesa coletiva.
A OTAN nasceu em 4 de abril de 1949. Atualmente, a organização é composta por 30 países da América do Norte e da Europa.

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