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      Chanceler alemão promete ajuda militar de US$ 685 mi a Kiev em meio a turbulência interna

      Foi a primeira visita do chanceler alemão à Ucrânia em dois anos e meio

      Volodymyr Zelenskiy e Olaf Scholz em Kiev, 2/12/2024 (Foto: REUTERS/Gleb Garanich)

      Por Tom Balmforth e Andreas Rinke

      KIEV/BERLIM (Reuters) - O chanceler alemão Olaf Scholz anunciou 650 milhões de euros (685 milhões de dólares) em nova ajuda militar ao chegar a Kiev na segunda-feira, prometendo que Berlim continuará sendo o maior apoiador da Ucrânia na Europa em um momento crucial da guerra, com Donald Trump prestes a retornar à Casa Branca.

      A visita, a primeira a Kiev desde os primeiros meses da invasão russa em 2022, ocorre semanas após o colapso de sua coalizão de governo, preparando-o para uma difícil batalha eleitoral em fevereiro.

      A turbulência política na maior economia da Europa se soma a um sentimento crescente de incerteza na Ucrânia, com as tropas russas avançando cada vez mais rápido. Não está claro o quanto os aliados europeus de Kiev podem aumentar o apoio à Ucrânia se Trump reduzir a ajuda de seu maior apoiador.

      Scholz e o presidente Volodymyr Zelenskiy se reuniram em um local não revelado e analisaram drones militares fabricados por empresas ucranianas e alemãs. Eles também visitaram um hospital e conversaram com pessoas feridas na guerra.

      Scholz conversaria mais tarde com Zelenskiy, cujo governo está pedindo à Otan que convide a Ucrânia a participar da aliança militar em uma reunião em Bruxelas nesta semana.

      Embora apregoe que a Alemanha é o segundo maior fornecedor de armas da Ucrânia, depois dos Estados Unidos, Scholz tem se recusado repetidamente a enviar mísseis de cruzeiro Taurus para a Ucrânia, temendo que isso possa levar seu país a um conflito direto com a Rússia.

      Ele também foi criticado por aliados, incluindo o próprio Zelenskiy, por ter feito uma ligação telefônica com o presidente russo Vladimir Putin em novembro, pela primeira vez em quase dois anos, o que os críticos viram como uma tentativa de ganho político interno.

      "A Alemanha continuará sendo o mais forte apoiador da Ucrânia na Europa", escreveu Scholz no X, acrescentando que prometeria a Zelenskiy "mais equipamentos militares no valor de 650 milhões de euros", a serem entregues este mês.

      O pacote inclui sistemas de defesa aérea IRIS-T, tanques Leopard 1 e drones armados, disse um porta-voz do Ministério da Defesa.

      No domingo, o novo presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a nova chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, visitaram Kiev em seu primeiro dia no cargo para demonstrar o apoio da UE.

      O apoio à Ucrânia está se configurando como uma questão importante nas eleições da Alemanha.

      Friedrich Merz, o líder da oposição conservadora que está a caminho de destituir Scholz, disse que a Alemanha deveria enviar mísseis Taurus e, no fim de semana, afirmou que Scholz estava levantando gerando temores desnecessários.

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