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    Scholz consultou Biden, Starmer e Macron antes de conversar com Putin

    Na sexta-feira (15), Putin e Scholz tiveram uma troca de opiniões detalhada e franca sobre a Ucrânia

    Chanceler alemão Olaf Scholz (esq.) e presidente russo Vladimir Putin (dir.) em entrevista coletiva em Moscou (Foto: Sputnik/Sergey Guneev/Kremlin via Reuters)

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    Sputnik - O chanceler alemão Olaf Scholz informou o presidente dos EUA Joe Biden, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o presidente francês Emmanuel Macron há um mês sobre os planos de efetuar uma conversa telefônica com o presidente russo Vladimir Putin, segundo o jornal Bild.

    Na sexta-feira (15), Putin e Scholz tiveram uma troca de opiniões detalhada e franca sobre a Ucrânia, segundo o serviço de imprensa do Kremlin, o que aconteceu pela primeira vez desde dezembro de 2022.

    "A conversa entre Putin e Scholz foi acordada com os parceiros [...] quando o presidente dos EUA, Joe Biden, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente da França, Emmanuel Macron, estiveram em Berlim em 18 de outubro", diz o artigo.

    Scholz também notificou o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky sobre o telefonema.

    O jornal disse que o objetivo da conversa telefônica era descobrir se Putin estava pronto para conversações sobre a Ucrânia, tendo como pano de fundo as eleições nos EUA e a próxima Cúpula do Grupo dos 20 (G20) no Rio de Janeiro.

    O Kremlin disse que Moscou valoriza positivamente o diálogo entre Putin e Scholz, apesar das divergências

    O Bild destaca que o líder russo não precisou de um intérprete quando Scholz falava alemão, enquanto o último teve que usar os serviços de um intérprete.

    O serviço de imprensa do Kremlin relatou anteriormente que, durante o telefonema, Putin disse a Scholz que a Rússia nunca recusou e continua aberta a retomar as negociações sobre a crise ucraniana, ressaltando que possíveis acordos devem considerar os interesses russos na esfera de segurança.

    O presidente russo também indicou que as propostas russas para a solução do conflito ucraniano permanecem as anunciadas por ele em 14 de junho:

    Retirada completa do Exército ucraniano das repúblicas de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) e das regiões de Zaporozhie e Kherson;

    Reconhecimento das realidades territoriais consagradas na Constituição russa;

    Status neutro, não alinhado e não nuclear da Ucrânia;

    Desmilitarização e desnazificação da Ucrânia;

    Garantia dos direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;

    Cancelamento de todas as sanções impostas à Rússia.

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