OMS: ataque de Israel desativa último grande hospital do norte de Gaza
Ataques a hospitais em Gaza agravam crise humanitária, aumentando o colapso do sistema médico palestino, alerta OMS
247 - Uma operação militar israelense realizada na sexta-feira (28) resultou na desativação do Hospital Kamal Adwan, última grande unidade médica em funcionamento no norte da Faixa de Gaza. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um comunicado alertando sobre o impacto devastador da ofensiva na já crítica situação humanitária da região, relata a Deutsche Welle.
Em nota publicada no X (antigo Twitter), a OMS detalhou que "departamentos-chave foram severamente queimados e destruídos" durante a incursão militar. Entre as áreas atingidas, estão os departamentos cirúrgicos, laboratórios e as unidades de ambulância. O Ministério da Saúde palestino, administrado pelo Hamas, também confirmou que o hospital ficou inutilizável, forçando a transferência de pacientes em estado crítico para outras unidades, incluindo o Hospital Indonesian, que já havia sido alvo de ataque na última terça-feira (24) e também está fora de operação.
Justificativa israelense e o contexto do ataque - As Forças de Defesa de Israel (IDF) justificaram a ação afirmando que o hospital servia como esconderijo para membros do Hamas. Em declaração oficial, os militares afirmaram ter obtido "informações preliminares de inteligência" sobre a presença de combatentes na unidade de saúde, que seria utilizada como "um importante reduto para atividades terroristas". Apesar de negar ter incendiado as instalações, Israel admitiu ter ordenado a evacuação do hospital antes da operação.
Desde o início de outubro, a ofensiva militar israelense tem isolado grande parte do norte da Faixa de Gaza, com uma estratégia focada em enfraquecer o Hamas na região. No entanto, hospitais como o Kamal Adwan, o Indonesian e o al-Awda têm sofrido ataques constantes, comprometendo o acesso a cuidados médicos para milhares de civis.
Crise humanitária em ascensão - A OMS expressou preocupação com o agravamento da situação em Gaza, especialmente devido às restrições impostas ao trabalho humanitário e aos ataques frequentes a unidades médicas. "Tais hostilidades estão desfazendo todos os nossos esforços para manter a funcionalidade mínima das instalações de saúde", declarou a organização, reiterando o apelo por um cessar-fogo imediato.
Nos últimos meses, a ofensiva israelense intensificou a criação de um enclave no norte de Gaza, dificultando ainda mais o deslocamento de pacientes e equipes médicas. Segundo o Ministério da Saúde palestino, ataques recentes já resultaram na morte de profissionais de saúde, incluindo cinco membros da equipe do Kamal Adwan.
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