Oposição da Coreia do Sul quer impeachment de presidente interino
Oposição afirma que Han Duck-soo é desqualificado para proteger a Constituição
Reuters – O principal partido de oposição da Coreia do Sul anunciou que apresentará um projeto de lei nesta quinta-feira (26) para destituir o presidente interino Han Duck-soo e realizará a votação na sexta-feira, uma ação que pode aprofundar a crise constitucional do país desencadeada por uma lei marcial de curta duração.
O Partido Democrático, de oposição, havia ameaçado destituir Han caso ele não nomeasse imediatamente três juízes para preencher as vagas na Corte Constitucional. O Parlamento aprovou os três indicados, mas eles ainda não foram formalmente nomeados por Han.
"O primeiro-ministro e presidente interino Han Duck-soo deixou claro que não possui a qualificação ou a vontade de proteger a Constituição", declarou Park Chan-dae, líder parlamentar do Partido Democrático, em comunicado.
Se Han for destituído, o ministro das Finanças assumirá a presidência interina. O Partido Democrático tem maioria no Parlamento, mas há divergências entre os partidos e especialistas constitucionais sobre se é necessária uma maioria simples ou uma votação com dois terços para destituir o presidente interino.
Han afirmou, mais cedo na quinta-feira, que não fará as nomeações até que os partidos políticos cheguem a um acordo, pois agir sem consenso político prejudicaria a ordem constitucional.
Dois dos indicados para a Corte Constitucional foram sugeridos pelo Partido Democrático, e um pelo governista Partido do Poder Popular. O partido no poder contestou a divisão, dizendo que não concordou com ela.
O tribunal realizará sua primeira audiência na sexta-feira para decidir se remove o presidente Yoon Suk Yeol ou o reintegra.
De acordo com a Constituição, seis juízes devem concordar para destituir um presidente, o que significa que os juízes atuais teriam que votar unanimemente pela remoção de Yoon. O tribunal afirmou que pode deliberar mesmo sem a composição completa.
Yoon, que foi destituído pelo Parlamento em 14 de dezembro em uma votação que contou com o apoio de alguns membros de seu partido, ainda não apresentou documentos legais solicitados pelo tribunal até quinta-feira, informou porta-voz do tribunal, Lee Jean.
Na quarta-feira, Yoon não respondeu à mais recente convocação para interrogatório em uma investigação criminal separada.
A repetida recusa de Yoon gerou críticas e pedidos da oposição por sua prisão.
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