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    Países preparam repatriação de cidadãos no Líbano. Brasil negocia rotas de fuga

    Ataques de Israel levam os governos a organizarem a retirada de seus cidadãos do Líbano. Colômbia enviou avião neste sábado para resgatar 114 pessoas

    Operação Voltando em Paz, com passageiros repatriados da Faixa de Gaza (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

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    247 - Os ataques de Israel ao sul do Líbano levaram diversos países a adotarem ações emergenciais para retirar seus cidadãos da região. De acordo com informações de Jamil Chade, do UOL, o governo brasileiro segue instruindo seus compatriotas a deixarem o território libanês. Embora a Força Aérea Brasileira (FAB) tenha anunciado estar pronta para uma eventual missão de evacuação, até o momento não houve mobilização concreta. "O governo brasileiro indicou que está realizando consultas com a comunidade em Beirute e negocia com países da região a autorização para criar eventuais rotas de fuga", diz a reportagem. Estima-se que cerca de 20 mil brasileiros vivam atualmente no Líbano.

    O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foi um dos primeiros líderes a anunciar medidas para retirar os colombianos do país do Oriente Médio. Segundo comunicado oficial, "começou a repatriação de nossos nacionais do Líbano", afirmou Petro. Um voo já partiu da Colômbia neste sábado (28) para resgatar 114 colombianos que completaram o processo de repatriação.

    No Canadá, o governo de Justin Trudeau também iniciou esforços para retirar seus cidadãos. O ministro da Defesa, Bill Blair, anunciou que 150 soldados canadenses estão prontos para auxiliar no processo de evacuação, se necessário. Além disso, o governo canadense está reservando passagens em voos comerciais e negociando com companhias aéreas a possibilidade de fretar aviões para a retirada de seus cidadãos, que totalizam cerca de 45 mil no Líbano.

    No Reino Unido, o governo tem se preparado para possíveis operações militares a partir de Chipre, que tem se tornado um ponto estratégico na região. O primeiro-ministro Keir Starmer, em pronunciamento recente, fez um apelo enfático aos britânicos que ainda permanecem no Líbano: "É muito importante que eles ouçam minha mensagem, que é sair e sair imediatamente". Para reforçar a operação, o Reino Unido deslocou 700 soldados para Chipre, além de posicionar navios da Marinha Real e aeronaves na região.

    Os Estados Unidos, por sua vez, anunciaram o envio de tropas adicionais ao Oriente Médio, com o intuito de facilitar a retirada de aproximadamente 10 mil cidadãos americanos que se encontram no Líbano. Assim como outros países, os EUA também consideram utilizar Chipre como base para suas operações de evacuação.

    A França, liderada por Emmanuel Macron, mantém um navio de guerra na região e já sinalizou a possibilidade de enviar mais embarcações para o Oriente Médio, caso a situação se agrave. Entre os dias 14 e 18 de setembro, marinhas da França, Itália, Grécia e Chipre realizaram um exercício militar conjunto, incluindo treinamentos específicos para evacuação de civis.

    Chipre como base estratégica

    A ilha de Chipre, localizada a menos de 300 quilômetros da costa libanesa, tem sido considerada por vários governos como uma alternativa estratégica para a repatriação de seus cidadãos. O presidente cipriota, Nikos Christodoulides, confirmou a disposição de seu país em colaborar com as operações de retirada: "Recebemos solicitações de vários países, não apenas da União Europeia, mas também de outros países terceiros. Estamos prontos para desempenhar esse papel em caso de necessidade", declarou o mandatário.

    O aeroporto de Beirute segue operando, mas a suspensão dos voos da AirFrance reduziu significativamente as opções para a saída dos estrangeiros. Diante disso, muitos governos vêm buscando alternativas logísticas para garantir a segurança de seus cidadãos em meio à crescente tensão na região.

    Enquanto isso, a comunidade internacional monitora de perto os desdobramentos no Líbano e as possíveis consequências para a estabilidade regional, que já enfrenta um cenário de incertezas e conflitos iminentes.

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