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Partidos alemães fecham acordo e Scholz, que se reuniu com Lula, deve assumir o poder

Olaf Scholz será chanceler de uma das maiores economias do mundo e teve ótimo encontro com o ex-presidente Lula em sua viagem recente à Europa

(Foto: Ricardo Stuckert)

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BERLIM (Reuters) - O ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, estava prestes a suceder Angela Merkel como chanceler da Alemanha nesta quarta-feira, já que três partidos anunciaram estar prontos para apresentar um acordo de coalizão para governar a maior economia da Europa.

O Partido Social-Democrata (SPD), de Scholz, anunciou uma coletiva de imprensa para as 15h locais para apresentar os resultados de uma rodada final de conversas com os ecologistas dos Verdes e o Partido Liberal Democrata (FDP) após dois meses de negociações.

Merkel se despediu dos colegas ao comandar o que poderia ser sua última reunião de gabinete, e Scholz presenteou a líder que serviu mais tempo na União Europeia com uma árvore para seu jardim, de acordo com uma pessoa presente à reunião.

O acordo instaurará a primeira coalizão federal tripartite da Alemanha desde os anos 1950 e encerrará 16 anos de governo conservador liderado por Merkel, inaugurando uma nova era para as relações do país com a Europa e o resto do mundo.

A aliança, batizada de coalizão semáforo por causa das respectivas cores dos três partidos, diz que modernizará a economia atualizando sua infraestrutura e acelerando medidas de proteção do clima. A coalizão tem maioria na câmara baixa do Parlamento e espera que o governo seja empossado no início do mês que vem, após os partidos ratificarem o acordo de união.

A aliança tem desafios imediatos: o país está enfrentando seu pior surto de Covid-19 até o momento e a Europa lida com as consequências do Brexit e com uma crise na fronteira da UE com Belarus.

Fontes disseram à Reuters na terça-feira que os partidos concordaram em se comprometer com a eliminação gradual do carvão até 2030 e a acabar com a geração de energia a gás até 2040.

Alguns analistas políticos temem que os partidos tenham dificuldade de sanar suas diferenças ideológicas, o que por sua vez poderia paralisar a UE, da qual a Alemanha é a locomotiva.

Até agora, os partidos estão desafiando as previsões de que as negociações de uma coalizão poderiam durar até o ano que vem ou fracassar.

Embora os Verdes e o SPD sejam vistos amplamente como parceiros naturais da centro-esquerda, o fiscalmente rigoroso FDP é historicamente mais próximo dos conservadores alemães.

O principal obstáculo das conversas são as discórdias sobre como financiar a transição para uma economia verde, de acordo com fontes a par das conversas.

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