Perante o tribunal, Israel alega legítima defesa para justificar genocídio palestino e ataca a África do Sul
Israel alega estar respondendo a um ataque do Hamas que matou 1.139 pessoas em seu território. No entanto, mais de 23 mil palestinos foram mortos em Gaza desde 7 de outubro
247 - O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) retomou nesta sexta-feira (12) a análise da denúncia da África do Sul contra Israel, que acusa o país de promover um genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Na quinta-feira (11), a Corte ouviu os argumentos da África do Sul - que é apoiada por diversas organizações e países, como o Brasil - e desta vez ouve o lado israelense.
O consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Tal Becker, abriu a audiência alegando legítima defesa do país, já que os ataques israelenses a Gaza seriam uma resposta à ofensiva do Hamas em 7 de outubro, que matou 1.139 pessoas. Daquele dia até aqui, mais de 23 mil palestinos foram mortos em Gaza e outros 50 mil foram feridos por ataques de Israel. >>> África do Sul evoca Mandela ao abrir a acusação contra Israel pelo genocídio contra o povo palestino
O lado israelense também atacou a África do Sul, acusando-a de manter laços estreitos com o Hamas e pedindo a aplicação de medidas provisórias contra o país.
Na sequência, Tal Becker alegou que Israel protege os civis na Faixa de Gaza - apesar das mais fartas provas de que seus ataques ao enclave palestino são indeterminados. “O que Israel está a fazer em Gaza não é destruir pessoas, mas protegê-las. É o povo. Israel está numa guerra de defesa contra o Hamas, não contra o povo palestino", afirmou.
Ele classificou a acusação da África do Sul de “difamação”, mas não abordou em detalhes as alegações de genocídio que recaem sobre Israel, já que entre os milhares de mortos, a maioria são crianças e mulheres, ao mesmo tempo em que alvos dos bombardeios são escolas, universidades e hospitais.
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