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    Polícia francesa retira estudantes pró-palestinos de universidade após manifestação

    Sciences Po tornou-se o epicentro dos protestos estudantis franceses contra a guerra em Gaza

    Policiais removem faixa durante retirada de manifestantes contrários a Israel de universidade em Paris, na França 03/05/2024 (Foto: REUTERS/Benoit Tessier)

    Reuters - A polícia de Paris entrou na prestigiosa universidade francesa Sciences Po nesta sexta-feira e retirou os estudantes que haviam ocupado seus prédios durante a madrugada, em protesto contra a conduta de Israel na guerra contra o Hamas em Gaza.

    Uma testemunha da Reuters viu a polícia entrar nos prédios e retirar muitos dos cerca de 70 manifestantes pró-palestinos que estavam lá dentro. Diferentemente de alguns campi universitários nos Estados Unidos, os protestos franceses foram pacíficos e não houve sinais de violência quando os estudantes foram retirados dos prédios.

    A universidade ficou fechada durante o dia nesta sexta-feira, com uma forte presença policial em torno de seu prédio principal.

    O gabinete do primeiro-ministro Gabriel Attal disse que os manifestantes foram evacuados de 23 instituições de ensino superior em todo o país na quinta-feira, acrescentando em um comunicado: "Em contraste com o que vemos no exterior, principalmente do outro lado do Atlântico, nenhum acampamento de protesto permanente (...) foi estabelecido na França".

    A Sciences Po tornou-se o epicentro dos protestos estudantis franceses contra a guerra, que se espalharam por toda a França, mas permaneceram em escala muito menor do que os vistos nos Estados Unidos.

    "Há um nível de raiva e insatisfação que já existia há algum tempo e (a guerra de Gaza) foi a faísca que causou esse enorme incêndio que, no momento, as elites políticas não sabem como extinguir", disse Clement Petitjean, professor de estudos norte-americanos da Universidade de Sorbonne.

    Na quinta-feira, o diretor da Sciences Po, Jean Basseres, rejeitou as exigências dos manifestantes de rever suas relações com as universidades israelenses, o que levou os manifestantes a se manterem firmes.

    Jack, um estudante da Sciences Po que disse ser um dos ocupantes de um dos principais prédios da universidade, afirmou que os manifestantes recusaram um ultimato dos funcionários da instituição para desocupar grande parte do prédio e restringir seu movimento a uma área menor.

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