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Policiais israelenses são mortos em ataque a tiros na Cisjordânia

Denunciado na Corte Internacional de Justiça por genocídio, o governo de Israel afirmou que pretende erradicar militantes islâmicos apoiados pelo Irã

Ataque israelense à Cisjordânia (Foto: Yusef Mohammed/TASS)

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Por James Mackenzie e Ali Sawafta

JERUSALÉM (Reuters) - Três policiais israelenses foram mortos neste domingo quando o veículo deles foi alvejado perto da cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada, disseram autoridades israelenses, aumentando os dias de violência no território palestino.

Após o ataque na área do cruzamento de Idna Tarqumiyah, as forças de segurança cercaram uma casa em Hebron e mataram um palestino suspeito de realizar o tiroteio, disseram os militares.

Centenas de tropas israelenses vêm realizando ataques na Cisjordânia desde a última quarta-feira, em uma das maiores ações na área em meses, que, segundo Israel, tem como objetivo erradicar militantes islâmicos apoiados pelo Irã.

O Crescente Vermelho Palestino relatou neste domingo que dois irmãos palestinos foram baleados por forças israelenses na cidade de Kafr Dan, nos arredores de Jenin, no norte da Cisjordânia, onde as forças israelenses operam desde quarta-feira.

A mobilização de unidades do exército e da polícia pela Cisjordânia ressaltou a forte pressão enfrentada pelas forças de segurança israelenses, que agora lutam em diversas frentes, com poucos sinais de avanço nas negociações para garantir o fim dos combates em Gaza.

"Estamos lutando em todas as frentes contra um inimigo cruel que quer nos assassinar a todos", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, referindo-se também aos seis reféns de Israel mortos em cativeiro em Gaza e cujos corpos foram recuperados de um túnel neste domingo.

Enquanto ele falava, tropas israelenses ainda operavam em Jenin, onde os grupos militantes Hamas e Jihad Islâmica disseram que seus combatentes estavam engajados.

DANOS PESADOS

A operação, agora em seu quinto dia, causou grandes danos à infraestrutura da cidade e ao campo de refugiados adjacente, uma área densamente povoada, com várias casas e prédios danificados e uma série de ruas destruídas por escavadeiras blindadas em busca de bombas na beira da estrada.

Pelo menos 24 palestinos, a maioria reivindicada pelo Hamas ou pela Jihad Islâmica como seus membros, foram mortos desde o início da operação israelense.

As forças israelenses fizeram 110 prisões, de acordo com a associação de prisioneiros palestinos.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, um membro linha-dura do gabinete de segurança de Israel, pediu mais ações contra militantes palestinos na Cisjordânia.

"Precisamos fazer agora o que não fizemos naquela noite terrível: lançar um ataque preventivo e atacar duramente o terrorismo", disse ele, referindo-se ao ataque mortal do Hamas em 7 de outubro contra Israel.

"Estamos comprometidos em eliminar o terrorismo em todas as frentes", disse ele, falando no local do ataque deste domingo.

(Reportagem de Ali Sawafta de Ramallah, com reportagem adicional de Steven Scheer em Jerusalém)

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