Polônia diz que Netanyahu, alvo de mandado de prisão do TPI, tem imunidade em caso de visita
Resolução foi publicada pelo gabinete do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk
247 - A Polônia assegurou a segurança do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante a 80ª cerimônia de comemoração da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. A garantia ocorre mesmo com a Polônia sendo signatária do Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de prisão contra Netanyahu em novembro passado.
Em dezembro passado, o jornal polonês Rzeczpospolita informou que Netanyahu não visitaria a Polônia no 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, devido ao mandado de prisão. Segundo o jornal, Israel provavelmente seria representado pelo ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar.
Resolução publicada nesta quinta-feira (9) pelo gabinete do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, diz: "O governo polonês trata a participação segura dos líderes de Israel nas comemorações de 27 de janeiro de 2025 como parte da homenagem à nação judaica, cujos milhões de filhas e filhos foram vítimas do Holocausto perpetrado pelo Terceiro Reich".
Em 21 de novembro, o TPI emitiu mandados de prisão contra Netanyahu, o ex-ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant e o comandante militar do movimento militante palestino Hamas, Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, sob acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. O gabinete de Netanyahu reagiu criticando o tribunal, acusando-o de tentar "isolar" Israel e apoiar o "terrorismo" contra o Estado judeu. O Estatuto de Roma do TPI foi ratificado por 124 países. Israel não é signatário.
Auschwitz-Birkenau foi o maior e mais duradouro campo de concentração nazista e tornou-se um dos principais símbolos do Holocausto. Cerca de 1,4 milhão de pessoas, incluindo aproximadamente 1,1 milhão de judeus, morreram em Auschwitz entre 1941 e 1945. O campo foi libertado pelo então Exército Vermelho em 27 de janeiro de 1945. Em 1947, foi criado um museu no local do antigo campo de concentração. Em 1979, o local foi incluído na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.
Apesar da libertação do campo pelo então exército soviético, a Rússia, pelo terceiro ano consecutivo, não foi convidada. (Com informações da Al Jazeera).
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