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    Pompeo defende que Brasil importe menos da China

    Durante cúpula virtual sobre o aumento da cooperação EUA-Brasil, o secretário Mike Pompeo defendeu que o Brasil reduza operações comerciais com o país que mais compra produtos brasileiros

    Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo 14/102/2020 (Foto: Manuel Balce Ceneta/Pool via REUTERS)
    Aquiles Lins avatar
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    BRASÍLIA/WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, alertou nesta segunda-feira que os Estados Unidos e o Brasil precisam diminuir sua dependência de importações da China para sua própria segurança agora que os dois países estão reforçando sua parceria comercial.

    Em uma cúpula virtual sobre o aumento da cooperação EUA-Brasil visando a recuperação pós-pandemia, Pompeo sublinhou a importância de se ampliar os laços econômicos bilaterais dado o que classificou como os “riscos enormes” que decorrem da participação considerável da China em suas economias.

    “Na medida em que podemos encontrar maneiras de aumentar o comércio entre nossos dois países, podemos... diminuir a dependência de cada uma de nossas duas nações de itens essenciais” saídos da China, disse.

    “Cada um de nossos dois povos ficará mais seguro, e cada uma de nossas duas nações será muito mais próspera, seja daqui a dois, cinco ou 10 anos”, acrescentou.

    O governo Trump está trabalhando para fortalecer os laços com o Brasil e proporcionar um contrapeso à China, disposta a obter alguma vantagem no que vê como uma nova competição pelo “Grande Poder”.

    O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, está inclinado a seguir o roteiro, mas se vê limitado pelo fato de a China ser a maior parceira comercial do Brasil, já que compra a maior parte de sua soja e de seu minério de ferro.

    Bolsonaro ainda não decidiu se impedirá as empresas de telecomunicações brasileiras de comprar equipamentos de 5G da chinesa Huawei Technologies Co Ltd, como quer o governo norte-americano.

    Na cúpula organizada pela Câmara de Comércio dos EUA, Bolsonaro anunciou três acordos com Washington para garantir boas práticas comerciais e deter a corrupção. Ele disse que o pacote reduzirá a burocracia e aprimorará o comércio e o investimento.

    Bolsonaro destacou também o ótimo momento nas relações entre Brasil e Estados Unidos e reforçou mais uma vez o objetivo de fazer o país ingressar na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

    Pompeo, por sua vez, ressaltou que o Brasil está se aproximando mais de uma filiação à OCDE com apoio dos EUA. “Queremos que isto aconteça o mais rápido que pudermos”.

    O Banco de Exportação e Importação dos EUA apoiará projetos avaliados em 450 milhões de dólares no Brasil neste ano, e a Corporação Financeira dos EUA para Desenvolvimento Internacional tem planos envolvendo cerca de um bilhão de dólares em projetos no país, disse Pompeo.

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