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Presidente da Assembleia Geral da ONU rejeita ataques indiscriminados de Israel em Gaza

Dennis Francis observou que o direito de autodefesa não dá uma licença para "empreender represálias indiscriminadas". Esperanças se concentram em resolução da Jordânia

Dennis Francis, presidente da 78ª sessão da Assembleia Geral da ONU, discursa na primeira reunião plenária da 78ª sessão da Assembleia Geral da ONU na sede da ONU em Nova York, em 5 de setembro de 2023 (Foto: Xinhua/Xie E)

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247 - O presidente da Assembleia Geral da ONU, Dennis Francis, denunciou nesta quinta-feira (26) os ataques do grupo palestino Hamas a Israel, e também condenou os ataques "indiscriminados" das forças armadas sionistas contra os palestinos.

Ele afirmou que os ataques dos militantes eram "chocantes" e "não têm lugar no nosso mundo", em suas observações iniciais à sessão de emergência da Assembleia sobre o conflito, conforme a agência Anadolu

"Da mesma forma, condeno e rejeito o direcionamento indiscriminado de civis inocentes na Faixa de Gaza e a escala de destruição de infraestrutura crítica por Israel", disse ele. "O bombardeio incessante da Faixa de Gaza por Israel e suas consequências são profundamente alarmantes". 

Francis observou ainda que o direito de autodefesa de Israel não lhe dá e não pode, legalmente, dar uma licença para "empreender represálias indiscriminadas e desproporcionais". 

O Conselho de Segurança da ONU não conseguiu adotar uma resolução pedindo um cessar-fogo em Gaza, e agora a Assembleia Geral da ONU é o único órgão da ONU que poderia aprovar uma resolução sobre o cessar-fogo.

As esperanças agora estão concentradas no rascunho de resolução da Jordânia, apesar da oposição ferrenha do regime israelense a qualquer forma de cessar-fogo. O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, afirmou nesta quinta que o rascunho da resolução é "distorcido e desconectado" da realidade.

"Amanhã haverá uma votação sobre uma resolução proposta apresentada pela Jordânia que é distorcida e desconectada da realidade. A resolução proposta ignora completamente a existência do Hamas, não menciona o massacre bárbaro e pede um cessar-fogo imediato", escreveu Erdan na rede social X.

Erdan acusou a Organização de Cooperação Islâmica de usar sua maioria automática na Assembleia Geral para aprovar resoluções "desprezíveis" contra o Estado judeu. Ele chegou a mostrar vídeos de pessoas decapitadas durante sua intervenção. 

Israel recentemente advertiu que pode reavaliar suas relações com a ONU depois que o secretário-geral Antonio Guterres disse que o ataque do Hamas em 7 de outubro não aconteceu no vácuo.

Desde então, Erdan pediu duas vezes a renúncia de Guterres por seus comentários e sua recusa em retratá-los. 

Em 7 de outubro, o grupo palestino Hamas lançou um ataque surpresa em grande escala com foguetes contra Israel a partir da Faixa de Gaza e violou a fronteira, matando e sequestrando cerca de 200 pessoas nas comunidades israelenses vizinhas. Israel lançou ataques retaliatórios e ordenou um bloqueio completo da Faixa de Gaza, lar de mais de 2 milhões de pessoas, cortando o fornecimento de água, comida e combustível. O bloqueio foi posteriormente aliviado para permitir a entrada de caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A escalada do conflito resultou em milhares de pessoas mortas e feridas em ambos os lados. (Com informações da Sputnik). 

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