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Reforma da ONU, conflitos, sanções: principais pontos da declaração da cúpula do Brics em Kazan

Documento contém 134 pontos em 43 páginas

Cúpula do Brics em Kazan, Rússia (Foto: Alexander Shcherbak/TASS)

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247 - Os líderes dos países membros do Brics apoiaram uma reforma abrangente das Nações Unidas (ONU), incluindo o Conselho de Segurança, para torná-la mais democrática, representativa e eficaz, conforme a Declaração de Kazan adotada após a Cúpula do Brics, informou a agência Tass. 

O documento contém 134 pontos em 43 páginas. Os principais tópicos incluem o desenvolvimento da associação, posição sobre questões globais, sanções, resolução de crises regionais, incluindo Ucrânia e Oriente Médio.

A TASS reuniu as principais disposições da declaração:

ONU - Os líderes do Brics expressaram seu apoio a uma reforma abrangente das Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança, com o objetivo de torná-la mais democrática, representativa e eficaz. Eles também enfatizaram que a ONU deve desempenhar um papel fundamental na gestão global da inteligência artificial.

Sanções - Os países da associação manifestaram-se contra sanções unilaterais motivadas politicamente que prejudicam o desenvolvimento de outros países.

Conflitos - Os líderes do Brics expressaram preocupação com "o aumento da violência e a continuação de conflitos armados em diferentes partes do mundo, incluindo aqueles que têm impacto significativo em níveis regional e internacional."

Reafirmaram seu "compromisso com a resolução pacífica de disputas por meio da diplomacia, mediação, diálogo inclusivo e consultas de maneira coordenada e cooperativa."

Os países do Brics manifestaram preocupação com a escalada no Oriente Médio, incluindo ataques israelenses, como o realizado contra a embaixada do Irã em Damasco.

O atentado terrorista no Líbano, envolvendo o uso de equipamentos de comunicação, incluindo pagers, também foi condenado.

Os líderes apoiaram a criação do Estado soberano da Palestina dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas de 1967 e sua admissão na ONU.

Os países do Brics "notaram com satisfação" as propostas para resolver o conflito ucraniano e também lembraram as posições nacionais sobre o assunto.

Combate ao terrorismo - Os países do BRICS condenaram veementemente os ataques terroristas contra a infraestrutura energética transfronteiriça e pediram investigações imparciais.

Os líderes se opuseram à politização da cooperação no combate ao crime transnacional.

Acordo nuclear com o Irã - Os líderes pediram a retomada do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) sobre o programa nuclear do Irã, que os EUA rejeitaram unilateralmente.

Economia - As nações do Brics defenderam a reforma das instituições de Bretton Woods, aumentando a contribuição dos países em desenvolvimento para a economia global.

Apoiaram um sistema de comércio multilateral aberto e justo, com um papel central para a Organização Mundial do Comércio (OMC), oferecendo regime especial para países em desenvolvimento.

Os países do Brics apoiaram a iniciativa russa de estabelecer uma Bolsa de Grãos, que poderá abranger outros setores agrícolas no futuro.

Os líderes pediram aos países desenvolvidos que cumpram suas obrigações de ajudar nações necessitadas.

Os países do Brics concordaram em discutir e estudar a possibilidade de criar um sistema independente de liquidação e depósito transfronteiriço, o BRICS Clear.

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