Relação entre Kiev e Washington está no ponto mais baixo desde o início do conflito ucraniano
Zelensky pediu a deputados ucranianos que realizem críticas ao presidente Biden diante da recusa do democrata em participar a cúpula de paz que será realizado na Suíça
Sputnik - Vladimir Zelensky pediu a funcionários e deputados ucranianos que realizem críticas ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Isso diante da recusa do democrata em participar a cúpula de paz que será realizado na Suíça no próximo mês, por sua recusa em participar do "cume da paz" na Suíça, relata o Financial Times.
"Zelensky está muito preocupado com a situação militar, mas especialmente com o cume da paz em junho", disse um funcionário ucraniano à públicação. Várias fontes acrescentaram ainda que Zelensky estava "muito irritado" com a ausência do líder norte-americano já anunciada para o encontro que não contará com a participação da Rússia.
Esse é apenas um dos vários pontos de tensão entre Kiev e seu aliado, até o momento maior fiador ucraniano no conflito. O adiamento de seis meses da ajuda militar dos EUA, a adesão da Ucrânia à OTAN emperrada e a proibição de usar armas -norte-americanas em ataques contra a Rússia também são questões que incomodam Zelensky em meio à operação militar especial. Nesta quinta, Biden chegou a autorizar o uso dos equipamentos fornecidos contra a Rússia no território da Carcóvia.
Por sua vez, a Casa Branca reprova Kiev por atacar refinarias russas e radares que fazem parte do sistema de alerta nuclear. Washington teme que isso possa agravar o conflito.
Além disso, os Estados Unidos estão preocupados com a afastamento "inexplicável" de vários altos funcionários que "cooperavam de perto" com a administração Biden.
De acordo com uma fonte citada pelo jornal, Zelensky ficou "mais nervoso" e suspeita que Washington queira iniciar negociações com Moscou para acabar com a guerra antes da eleição presidencial de novembro.
Várias fontes próximas ao ucraniano admitiram que começaram a se preocupar com os métodos utilizados por ele na comunicação com Washington. "Não morda a mão que te alimenta", declarou uma delas.
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