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    Rússia acusa EUA e Reino Unido pela explosão do gasoduto Nord Stream

    Inteligência russa denuncia ataques aos gasodutos como atos de terrorismo internacional e guerra econômica contra aliados europeus

    Vazamento no Nord Stream 2 perto de Bornholm, na Dinamarca 27/9/2022 (Foto: DANISH DEFENCE COMMAND)

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    247 – A recente declaração do Serviço de Inteligência Externa da Rússia (SVR) trouxe à tona novas acusações sobre as explosões que atingiram os gasodutos Nord Stream e Nord Stream 2, em setembro de 2022. Segundo informações divulgadas pela agência russa Sputnik, as autoridades russas reforçam a tese de que os Estados Unidos e o Reino Unido estiveram diretamente envolvidos no ataque, classificando-o como um ato de "terrorismo internacional" e "guerra econômica anglo-saxônica" contra os aliados europeus, com especial ênfase nos danos causados à Alemanha.

    De acordo com a análise do SVR, Washington e Londres têm buscado remover o incidente da pauta internacional, utilizando-se de uma estratégia de desinformação para encobrir a real natureza dos ataques e seus organizadores. “Desde agosto deste ano, estruturas e a mídia controladas por Washington e Londres vêm promovendo a falsidade de que os ataques foram realizados exclusivamente por extremistas ucranianos que agiram de forma independente", afirmou um porta-voz do serviço russo.

    As explosões danificaram gravemente os dutos que ligavam a Rússia ao fornecimento de gás para a Europa, representando uma quebra significativa no fornecimento de energia e gerando repercussões na economia de diversos países europeus. “O ataque terrorista aos gasodutos causou danos irreparáveis à economia da Europa”, reiterou o comunicado russo, destacando as consequências econômicas e geopolíticas resultantes do evento.

    A investigação das autoridades alemãs, dinamarquesas e suecas sobre o caso não descartou a possibilidade de sabotagem, mas segundo fontes russas, os países ocidentais se recusam a compartilhar informações essenciais sobre o caso com a Rússia. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, destacou que Moscou tem solicitado repetidamente esses dados, mas sem sucesso. "Nunca recebemos os dados solicitados", afirmou Peskov.

    A operadora Nord Stream AG, responsável pelos gasodutos, também confirmou que os danos eram sem precedentes e que seria impossível estimar um prazo para os reparos. A Procuradoria-Geral da Rússia abriu uma investigação formal, classificando o ataque como um ato de terrorismo internacional.

    Enquanto as investigações continuam, o SVR acredita que há uma tentativa coordenada de acelerar o inquérito alemão para responsabilizar extremistas ucranianos, em vez de investigar uma possível cooperação transatlântica no ataque. "Os serviços alemães receberam um ultimato para culpar os 'aventureiros ucranianos que odeiam a Rússia' pelo ataque, retirando qualquer culpa de uma cooperação entre os EUA, Reino Unido e seus aliados", afirmou o porta-voz russo.

    A polêmica em torno do Nord Stream continua sendo um dos principais pontos de tensão nas relações entre a Rússia e o Ocidente, particularmente no contexto da guerra na Ucrânia e das sanções econômicas impostas à Rússia desde o início do conflito.

    Fontes russas enfatizam que o ataque ao Nord Stream foi uma manobra calculada para enfraquecer a dependência europeia do gás russo e fortalecer a influência dos Estados Unidos sobre seus aliados no continente. Com o impacto econômico causado pela destruição dos gasodutos, a Rússia segue pressionando por uma investigação internacional imparcial que, segundo o SVR, ainda não ocorreu de forma adequada.

    Essa narrativa reforça as já deterioradas relações entre Moscou e as principais potências ocidentais, ampliando a desconfiança mútua em um cenário global cada vez mais tenso e polarizado.

    Enquanto a investigação sobre o incidente do Nord Stream ainda se desenrola, as acusações russas contra os Estados Unidos e o Reino Unido colocam em evidência o papel da guerra econômica e informacional na atual conjuntura geopolítica, alimentando a divisão entre o Oriente e o Ocidente. Ao mesmo tempo, a Europa, com sua economia em recuperação, segue sendo o maior prejudicado dessa disputa.

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