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    Rússia critica novos líderes da Síria em reunião fechada na ONU e alerta para risco jihadista

    Moscou compara massacres de alauítas ao genocídio de Ruanda; o país tenta manter presença na Síria após queda de Bashar Al-Assad no fim de 2024

    Fumaça sobe enquanto membros das novas forças regulares sírias viajam em um veículo enquanto lutam contra uma insurgência incipiente de combatentes aliados ao líder deposto Bashar al-Assad, em Latakia, Síria, 7 de março de 2025 (Foto: REUTERS/Karam al-Masri)
    Luis Mauro Filho avatar
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    247 - A Rússia manifestou duras críticas aos novos líderes da Síria durante uma reunião fechada das Nações Unidas nesta semana, alertando para a ascensão de grupos jihadistas no país e comparando os assassinatos sectários de alauítas ao genocídio de Ruanda. A informação foi revelada pela agência Reuters, com base no relato de duas fontes com conhecimento do encontro.

    As declarações russas ocorrem em um momento delicado para Moscou, que busca manter sua presença militar na Síria após a queda do presidente Bashar al-Assad. Apesar de seus esforços para negociar a permanência das bases militares em Hmeimim e Tartous, a nova liderança síria, composta por forças islâmicas da Hayat Tahrir al-Sham (HTS), impôs restrições à livre circulação das tropas russas, reduzindo drasticamente sua influência no território.

    Bases russas em negociação

    A Rússia tem mantido negociações intensas com os novos governantes sírios para garantir a permanência de suas bases estratégicas. Fontes próximas às tratativas indicam que Damasco estaria condicionando a autorização à concessão de alívio da dívida externa, devolução de ativos confiscados e financiamento para a reconstrução do país.

    Antes da queda de Assad, as forças russas utilizavam a Base Aérea de Hmeimim para lançar ataques contra rebeldes islâmicos que combatiam o regime. Agora, ex-combatentes dessa mesma insurgência assumiram o controle das instalações militares e impõem restrições a Moscou. A Base Naval de Tartous, herança da era soviética, também se tornou um ponto de tensão, com o HTS reforçando a presença de guardas nos acessos às instalações.

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