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    Rússia, Irã e China reagem a ataques dos Estados Unidos e Reino Unido contra houthis no Iêmen

    Ataques anglo-americanos atingiram várias cidades controladas pelos houthis, incluindo a capital Sanaa e as cidades de Hodeida, Taiz e Saada. Tensão no Oriente Médio aumenta

    Míssil é lançado em operação militar no Iêmen 12/1/2024 (Foto: US CENTRAL COMMAND VIA X/ Divulgação via REUTERS)

    247 - A China, Rússia e Irã condenaram os ataques feitos pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido contra os houthis no Iêmen na quinta-feira (11). Os houthis têm aumentado seus ataques ao tráfego marítimo internacional no Mar Vermelho nas últimas semanas em "solidariedade" com os palestinos em Gaza durante o conflito entre Israel e o grupo Hamas.

    Segundo a RFI, a Rússia denunciou a operação como uma "escalada" com "objetivos destrutivos", acusando os Estados Unidos de distorcerem as resoluções da ONU e desrespeitarem o direito internacional. A China expressou preocupação com o aumento das tensões no Mar Vermelho, pedindo calma e moderação às partes envolvidas para evitar uma expansão do conflito. A Rússia também pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que deve acontecer nesta sexta-feira (12). >>> Rússia diz que ataque ao Iêmen viola o direito internacional e solicita reunião do Conselho de Segurança da ONU

    O Irã condenou os ataques aéreos, considerando-os uma "ação arbitrária" e uma "violação flagrante da soberania" do Iêmen. Os ataques anglo-americanos atingiram locais militares em várias cidades controladas pelos houthis, incluindo a capital Sanaa e as cidades de Hodeida, Taiz e Saada. >>> Genocídio: Israel matou 1,3% da população palestina em três meses e poderá chegar a 100% em seis anos

    Os bombardeios foram realizados com aviões de combate e mísseis Tomahawk, com o apoio de países como Austrália, Canadá, Holanda e Bahrein. A França responsabilizou os houthis pela escalada regional, exigindo o fim imediato dos ataques. Os houthis afirmam agir em solidariedade com os palestinos, alegando que os ataques visam navios comerciais suspeitos de estarem ligados a Israel. >>> Perante o tribunal, Israel alega legítima defesa para justificar genocídio palestino e ataca a África do Sul

    Os houthis são um grupo militar iemenita, nomeado em homenagem ao seu fundador, Hussein Badreddin al-Houthi, e representam o ramo Zaidi do Islã xiita. Surgiram na década de 1990 em oposição à influência religiosa da Arábia Saudita no Iêmen. O grupo, estimado em cerca de 20.000 combatentes, controla a maior parte do oeste do país e é responsável pela costa do Mar Vermelho, segundo reportagem do jornal The Guardian. Os houthis recebem apoio do Irã e estão apoiando o Hamas no conflito em Gaza. >>> Houthis advertem Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos sobre abertura de espaço aéreo à aviação dos EUA e Reino Unido

    O conflito entre Israel e o Hamas teve o seu escalonamento no dia 7 de outubro do ano passado, quando o grupo promoveu uma ofensiva que resultou na morte de cerca de 1,1 mil israelenses. Em retaliação, Israel deu início a uma campanha em grande escala que já deixou mais de 23 mil palestinos mortos e mais de 50 mil feridos, em sua maioria mulheres e crianças, em um gesto classificado pela comunidade internacional como genocídio.

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