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    Rússia pode atacar centros estratégicos em Kiev com novo míssil hipersônico, diz Putin

    “Responderemos aos ataques em território russo com mísseis ocidentais de longo alcance", confirmou o presidente russo

    Vladimir Putin em coletiva de imprensa ao final da Cúpula do BRICS 2024 (Foto: Alexander Shcherbak/TASS)

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    247 - O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira (28) a possibilidade de usar o novo míssil hipersônico Oreshnik para atacar "centros de tomada de decisão" em Kiev, caso a Ucrânia continue lançando mísseis ocidentais em território russo, informa a CNN. A declaração, feita durante uma cúpula de segurança no Cazaquistão, ocorre em um momento de crescente escalada no conflito, que já dura 33 meses.

    Segundo Putin, o Oreshnik, usado pela primeira vez em combate no dia 21 de novembro, é impossível de interceptar, embora especialistas ocidentais recebam essa alegação com ceticismo. “Responderemos aos ataques em território russo com mísseis ocidentais de longo alcance, como já foi dito, incluindo possivelmente continuando a testar o Oreshnik em condições de combate”, afirmou Putin.

    O líder russo mencionou que o Ministério da Defesa e o Estado-Maior estão avaliando potenciais alvos na Ucrânia, que podem incluir instalações militares, indústrias de defesa e até edifícios governamentais em Kiev. Ele justificou essa postura como uma resposta aos ataques ucranianos com mísseis ATACMS, fornecidos pelos Estados Unidos, e Storm Shadow, do Reino Unido, que recentemente atingiram regiões russas.

    De acordo com Putin, o uso dessas armas representa “envolvimento direto” do Ocidente no conflito. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chamou a recente ofensiva russa de “escalada desprezível”, destacando que um ataque com mísseis de cruzeiro e munições cluster cortou o fornecimento de energia para mais de um milhão de pessoas na Ucrânia.

    O Oreshnik, que atingiu a cidade ucraniana de Dnipro na semana passada, foi apresentado por Putin como uma das armas mais avançadas do arsenal russo. O míssil teria alcançado uma velocidade de até 13.600 km/h e, segundo o Kremlin, é comparável a uma arma nuclear em termos de poder destrutivo. No entanto, Putin garantiu que ele não carrega ogivas nucleares nem contaminação radioativa.

    Especialistas em segurança ocidentais alertam que o Oreshnik pode ser adaptado para transportar ogivas nucleares, o que aumenta as preocupações internacionais. A Ucrânia afirmou que o uso do míssil marca uma “grave escalada” na guerra, pedindo condenação global.

    Produção de mísseis - Putin declarou que a produção russa de sistemas avançados de mísseis supera em dez vezes a da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e garantiu que a Rússia continuará expandindo sua capacidade militar. A doutrina nuclear do país também foi atualizada recentemente para incluir mais cenários que justificariam o uso de armas nucleares.

    Embora as tensões tenham aumentado, fontes de inteligência dos Estados Unidos disseram à Reuters que a permissão para a Ucrânia atacar mais profundamente o território russo não elevou o risco de um ataque nuclear. 

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