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    Sem suprimentos, médicos em Gaza fazem amputações sem anestesia e com arame farpado

    Relato foi feito pelo deputado italiano Angelo Bonelli, que visitou a região no início do mês

    Faixa de Gaza. Foto: Reuters

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    247 - Desde outubro de 2023, a região da Faixa de Gaza tem sido palco de um genocídio cruel do povo palestino promovido por Israel. Jão são mais de 170 dias de massacre. Segundo relatos do deputado italiano Angelo Bonelli em entrevista ao Congresso em Foco, o cenário é de horror e desesperança.

    Bonelli, que recentemente visitou a região como parte de uma comitiva de 14 deputados italianos, relatou uma situação alarmante de bloqueio de ajuda humanitária. Cerca de 1,5 mil caminhões carregados com suprimentos vitais foram retidos por Israel na barreira de acesso à cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, em uma fila que parece não ter fim.

    "Existem crianças morrendo de fome e sede, enquanto os caminhões carregados com alimentos e água permanecem parados", lamentou Bonelli. Ele relatou ainda conversas com profissionais de saúde locais que descreveram uma escassez aguda de medicamentos e equipamentos médicos básicos: “me falaram que não têm anestésico para fazer cirurgias. Amputações de pernas são feitas com arame farpado. Não tem nada, não tem medicamentos, instrumentos sanitários, anestésicos. É uma situação indescritível”.

    A situação se agrava com a recusa de Israel em permitir a entrada de itens essenciais, inclusive aqueles destinados ao atendimento médico de emergência. Entre os suprimentos retidos estão 30 caixas contendo filtros de água e freezers enviados pelo Brasil como ajuda humanitária às vítimas dos bombardeios na região.

    "Visitei a tenda da Cruz Vermelha do lado egípcio, onde estão armazenadas as cargas humanitárias rejeitadas, e vi muitas caixas provenientes do Brasil", relatou Bonelli, que fala português fluentemente devido a sua estadia em Santarém (PA).

    Desde o início do massacre, os números são assustadores: na Faixa de Gaza, mais de 30 mil pessoas perderam suas vidas e cerca de 72 mil ficaram feridas, de acordo com dados do Ministério da Saúde da Palestina.

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