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    Soldado israelense procurado por crimes de guerra retorna a Israel e descarta volta ao Brasil após fuga

    Yuval Vagdani fugiu do Brasil no último domingo com assistência da embaixada israelense e chegou a passar pela Argentina

    Yuval Vagdani (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
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    247 - O soldado israelense Yuval Vagdani, acusado de cometer crimes de guerra contra a população da Faixa de Gaza durante o genocídio promovido por Israel contra o povo palestino, desembarcou em um aeroporto do Estado judeu, conforme vídeo divulgado pelo portal Metrópoles nesta quarta-feira (8). 

    O militar, que estava em uma região turística da Bahia, foi alertado pela embaixada de Israel no Brasil sobre sua situação delicada. Membro das Forças de Defesa de Israel (FDI), ele é acusado de participar da demolição de um quarteirão residencial em Gaza, no final de 2024, utilizando explosivos fora de situações de combate. As residências abrigavam palestinos deslocados internamente após o início da agressão genocida em 7 de outubro de 2023.

    Vagdani fugiu para a Argentina após escapar da Justiça brasileira no último domingo. Ele também enfrenta um processo no país, movido pela Fundação Hind Rajab (HRF), organização internacional com sede na Bélgica que defende os direitos palestinos. A Justiça Federal brasileira havia determinado que a Polícia Federal (PF) investigasse Vagdani. A decisão, emitida em 30 de dezembro de 2024 pela juíza Raquel Soares Charelli, da Seção Judiciária do Distrito Federal, foi motivada por pedido da HRF. Com a fuga de Vagdani para a Argentina, a organização protocolou uma nova denúncia.

    Diante da pressão judicial, Vagdani se viu forçado a finalmente fugir para Israel. No vídeo, o militar aparece sorrindo e afirmando que "sua viagem ainda não acabou", enquanto descarta qualquer retorno ao Brasil. Em um recado a outros soldados israelenses enfrentando situações semelhantes, ele sugeriu que "sejam espertos" e "aprendam com os erros dos outros". 

    O grupo HRF apresentou várias denúncias em diversos países contra forças israelenses que participaram da guerra genocida em Gaza. Também protocolou uma queixa ao Tribunal Penal Internacional (TPI) contra 1.000 soldados israelenses.

    A fundação leva o nome de Hind Rajab, um símbolo do sofrimento de Gaza. Em 29 de janeiro, Hind estava viajando em um carro com seu tio, a esposa dele e os três filhos do casal, fugindo dos combates no bairro de Tel Al-Hawa, na Cidade de Gaza, quando foram alvejados por forças israelenses.

    Presa no veículo crivado de balas e cercada pelos corpos de seus parentes mortos, Hind implorou por ajuda à Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS, na sigla em inglês).

    Dois socorristas, Yousef Zeino e Ahmed al-Madhoun, foram enviados em uma tentativa de salvar Hind, mas o PRCS logo perdeu contato com eles, assim como com a menina.

    Em 10 de fevereiro, os corpos de Hind e seus familiares foram encontrados dentro do carro. A poucos metros de distância, foi localizada uma ambulância queimada com os restos mortais dos dois paramédicos que tentaram salvar a menina.

    Israel iniciou a guerra genocida em Gaza em 7 de outubro de 2023. Até o momento, o conflito já matou pelo menos 45.854 palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, e feriu mais de 109.139 pessoas. (Com informações da PressTV). 

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