Starmer anuncia 'coalizão dos dispostos' para usar a Ucrânia na guerra contra a Rússia
Países europeus insistem na retórica belicista que pode levar à Terceira Guerra Mundial, após Zelensky ser abandonado por Trump
247 – O primeiro-ministro britânico Keir Starmer anunciou neste domingo a formação de uma "coalizão dos dispostos" para apresentar um novo plano de guerra na Ucrânia, disfarçado de proposta de paz. O grupo, que inclui o Reino Unido, a França e outros aliados ocidentais, tenta manter a escalada militar contra a Rússia, mesmo após Donald Trump dar sinais claros de que pretende reduzir o envolvimento dos Estados Unidos no conflito.
A reunião em Londres ocorreu logo após o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sofrer um duro revés em Washington, onde foi humilhado por Trump. O novo governo dos EUA já deu indícios de que não pretende continuar financiando indefinidamente o esforço de guerra ucraniano, deixando os aliados europeus em pânico. Em resposta, os líderes do continente agora tentam desesperadamente reforçar suas forças militares e convencer Trump a manter algum nível de apoio a Kyiv.
A Europa dobrando a aposta na guerra
Em vez de buscar uma saída diplomática para evitar mais destruição, os países europeus decidiram insistir na escalada do conflito. Starmer justificou a iniciativa dizendo que a Europa "precisa agir" e "liderar um plano para uma paz justa e duradoura" – eufemismos usados para mascarar a continuidade da guerra.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também engrossou o coro belicista, afirmando que o bloco deve aumentar seus gastos militares e facilitar regras fiscais para permitir um surto de investimentos na indústria da guerra. "Precisamos transformar a Ucrânia em um porco-espinho de aço, impossível de ser engolido", declarou von der Leyen, sugerindo uma política de militarização total do país devastado.
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, reforçou a necessidade de a Europa ampliar seu orçamento de defesa dentro da OTAN e se tornar menos dependente dos Estados Unidos, mesmo que isso signifique cortar investimentos em outras áreas essenciais para a população europeia.
Trump não quer mais pagar a conta
A grande preocupação dos aliados europeus é a possível retirada do apoio dos Estados Unidos. Trump tem dado sinais de que pretende encerrar o "cheque em branco" concedido à Ucrânia e, para desespero da elite europeia, começou a restabelecer contatos diretos com Vladimir Putin, sem envolver Kyiv ou os europeus nas discussões.
Na reunião de Londres, os líderes tentaram encontrar formas de convencer Trump a manter algum tipo de apoio militar à Ucrânia. Entre as propostas em discussão, está a criação de uma força europeia de "manutenção da paz", que dependeria do suporte militar dos EUA para ser viável. No entanto, Trump já deixou claro que considera a guerra um fardo desnecessário para os cofres americanos.
Diante disso, alguns países europeus anunciaram planos para aumentar seus próprios orçamentos de defesa e demonstrar que estão dispostos a "fazer sua parte". No entanto, sem os EUA, qualquer esforço europeu é limitado, pois a OTAN sempre dependeu da superioridade militar americana para se impor globalmente.
Zelensky abandonado e usado como peça descartável
A fragilidade de Zelensky ficou ainda mais evidente nos últimos dias. Seu encontro com Trump foi descrito como "humilhante", e o ucraniano foi praticamente ignorado nas negociações entre os EUA e outros países. Em um gesto simbólico, Zelensky precisou voar para o Reino Unido para encontrar o rei Charles III, uma tentativa desesperada de demonstrar que ainda tem aliados.
Enquanto isso, na Europa, os líderes continuam tratando a Ucrânia como um simples instrumento de sua política de confronto com a Rússia. Sem qualquer perspectiva realista de vitória militar, insistem em prolongar um conflito devastador, enviando mais armas e incentivando mais destruição, sem qualquer consideração pelo sofrimento do povo ucraniano.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, criticou abertamente a posição europeia, acusando os países ocidentais de "segurarem Zelensky no poder com suas baionetas, na forma de tropas e armas enviadas à Ucrânia". Segundo ele, a guerra só continua porque "a Ucrânia virou um fantoche dos interesses estratégicos do Ocidente".
Mesmo com o crescente cansaço entre os aliados ocidentais e a falta de resultados concretos no campo de batalha, a Europa parece disposta a prolongar o sofrimento ucraniano. A "coalizão dos dispostos" de Starmer não passa de uma aliança para empurrar a Ucrânia para o abismo, custe o que custar.
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