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    Stephen Phipson: "empresas internacionais observam o Brasil como uma grande oportunidade"

    Fala ocorreu durante o "Lide Brazil Conference London", na Inglaterra

    (Foto: Reprodução LITE)

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    247 - Durante a Lide Brazil Conference em Londres, Stephen Phipson, uma das principais vozes do setor industrial do Reino Unido destacou o Brasil como uma “grande oportunidade” para parcerias comerciais, especialmente na área de inovação e sustentabilidade. Em um evento que reuniu líderes e especialistas de diversos setores, o representante da organização Make UK – que agrega empresas do setor manufatureiro britânico – apresentou um panorama do setor e reforçou o papel fundamental da indústria no desenvolvimento econômico e sustentável.

    O porta-voz da Make UK, que representa aproximadamente 23 mil empresas do setor de manufatura no Reino Unido, com um contingente de mais de um milhão de funcionários, enfatizou: “as pessoas não pensam mais no Reino Unido como uma nação de manufatura, mas nós somos sim ainda”. Segundo ele, o setor contribui significativamente para a economia, gerando cerca de 2 bilhões de libras por ano e sendo responsável por 45% das exportações britânicas. “Somos um dos maiores investidores no Reino Unido”, acrescentou, destacando o investimento anual de 65 bilhões de libras em manufatura no país, que envolve grandes empresas multinacionais.

    O evento também abordou o novo direcionamento do governo britânico para impulsionar a indústria, com a criação de uma estratégia de manufatura que deve entrar em vigor entre março e abril do próximo ano. O plano, que cobrirá um período de dez anos, tem como objetivo guiar o Reino Unido na transição para uma economia de carbono zero, o que, segundo o representante, representa “uma grande oportunidade” para colaborações com outros países.

    Ao comentar sobre o comércio exterior, o porta-voz ressaltou a importância de diversificar mercados, mencionando que os Estados Unidos absorvem cerca de 20% das exportações britânicas, mesmo sem um acordo de comércio formal. Essa abertura, diz ele, também pode ser aplicada ao Brasil: “20% de nossas exportações são com os Estados Unidos, onde nós não temos nenhum acordo de comércio e, na nossa opinião, não há nenhum motivo para que não possa ser o caso com o Brasil”.

    Além dos mercados americanos e europeus, o Reino Unido vê com bons olhos a possibilidade de expandir o comércio com o Brasil em áreas inovadoras, como a produção de componentes para a indústria aeronáutica, dispositivos médicos e tecnologias de defesa. Essa abertura é vista como estratégica após a saída do Reino Unido da União Europeia, permitindo ao país estabelecer novos acordos comerciais e fortalecer laços com economias emergentes.

    A expectativa da Make UK é que o aumento da cooperação em setores inovadores possa atrair novos investimentos e impulsionar a criação de empregos. Stephen Phipson comentou: “nós acreditamos que o crescimento onde temos oportunidade de trabalhar com outros países adicionará mais por volta de 40 milhões de libras com centenas de milhares de novos empregos”.

    Ao final do discurso, Stephen Phipson reforçou a confiança da indústria britânica nas novas parcerias com o Brasil: “as grandes empresas internacionais veem o Brasil como uma grande oportunidade para trabalhar em conjunto e ajudar na sustentabilidade, porque isso vai ser o foco da indústria de manufatura do Reino Unido pelos próximos 10 anos”. O interesse do setor britânico aponta para um futuro promissor, onde o Brasil e o Reino Unido possam caminhar juntos na direção de uma economia mais sustentável e inovadora.

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