Tensões no Oriente Médio disparam e EUA enviam mais militares para a região
Israel disse que atingiu mais de 1.100 alvos do movimento xiita libanês Hezbollah no Líbano nas últimas 24 horas
247 - Os Estados Unidos decidiram enviar um "pequeno número" de militares ao Oriente Médio para reforçar sua postura regional de forças em meio aos riscos de uma guerra em grande escala entre Israel e Líbano, disse o porta-voz do Departamento de Defesa, Pat Ryder, nesta segunda-feira (23).
"À luz das tensões crescentes no Oriente Médio e por precaução, estamos enviando um pequeno número adicional de militares dos EUA para reforçar nossas forças que já estão na região", disse Ryder em uma coletiva de imprensa. A declaração foi citada pela CNN e a agência Sputnik.
Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) informaram que atingiram mais de 1.100 alvos do movimento xiita libanês Hezbollah no Líbano nas últimas 24 horas. A Força Aérea de Israel lançou vários ataques nos subúrbios ao sul de Beirute, relataram testemunhas à Sputnik na segunda-feira.
"Mais de 1.100 alvos foram atingidos com mais de 1.400 disparos de munição", disseram as IDF em um comunicado.
O número de mortos em decorrência dos ataques israelenses no Líbano chegou a 356, com 1.246 pessoas feridas desde a manhã de segunda-feira, informou o Ministério da Saúde do Líbano, acrescentando que 24 crianças e 42 mulheres estão entre os mortos.
O alvo do ataque israelense foi o alto comandante do Hezbollah, Ali Karaki, informou o Times of Israel, citando informações fornecidas por fontes de segurança à mídia israelense.
O porta-voz das IDF, Daniel Hagari, especificou que os ataques israelenses são direcionados apenas a locais onde o Hezbollah armazena suas armas e munições.
O movimento palestino Hamas, que trava uma guerra contra Israel na Faixa de Gaza e é um aliado do Hezbollah, afirmou nesta segunda-feira que os ataques aéreos israelenses em massa no sul do Líbano, que mataram centenas de pessoas, constituem um crime de guerra.
“Nós, no Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), afirmamos que esta agressão em larga escala e brutal é um crime de guerra, que reflete a natureza nazista do 'inimigo sionista' [israelense] e o dilema em que [o primeiro-ministro Benjamin] Netanyahu se encontra devido às suas políticas fracassadas e sua recusa em interromper o genocídio na Faixa de Gaza”, diz a declaração. O documento foi citado pela agência Sputnik.
O Hamas também expressou solidariedade com o povo do Líbano e o movimento Hezbollah.
Entre os dias 17 e 18 de setembro, pagers e walkie-talkies explodiram em várias partes do Líbano, matando mais de 40 pessoas e ferindo quase 3.500 outras. Ainda não se sabe o que causou a explosão simultânea de milhares de dispositivos. O Hezbollah e as autoridades libanesas culpam Israel pelas explosões. O presidente israelense, Isaac Herzog, negou o envolvimento do país nos incidentes.
A situação na fronteira israelo-libanesa piorou após o início da operação militar de Israel na Faixa de Gaza em outubro de 2023. O exército israelense e os combatentes do Hezbollah trocam tiros quase diariamente nas áreas ao longo da fronteira.
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