Tribunal dos EUA autoriza sorteio de US$ 1 milhão de Musk para atrair eleitores para Trump

247 - Um tribunal na Filadélfia recusou o pedido do procurador distrital do estado, o democrata Larry Krasner, para proibir a distribuição de prêmios da fundação do empresário de extrema-direita e pró-republicano Elon Musk, no valor de US$ 1 milhão, para eleitores registrados de estados-pêndulo, informou a RIA Novosti.

Musk tem dado cheques de 1 milhão de dólares para eleitores registrados aleatórios que assinem uma petição em prol da "liberdade de expressão" e do direito à posse de armas, pautas promovidas especialmente por trumpistas. O America PAC, de Musk, já agraciou 14 pessoas e afirmou que prêmios serão entregues até esta terça-feira (5).

"A resposta apresentada pelo Responders America PAC e Elon Musk, e após uma audiência sobre o caso, fica ORDENADO e DECRETADO que a Petição de Urgência para Medida Cautelar está NEGADA", afirmou o documento.

Durante a audiência, que ocorreu na segunda-feira no estado-pêndulo da Pensilvânia, promotores rotularam Musk e seu comitê de ação política, America PAC, como "charlatões" envolvidos em "fraude" e "enganação," de acordo com um relatório da CNN.

Enquanto isso, os advogados de Musk descreveram o processo de Krasner como uma "manobra publicitária" motivada politicamente, conforme o relatório.

O tribunal recusou-se a ordenar a suspensão da ação. No entanto, Musk ainda não apresentou uma defesa de seus interesses em litígios sobre a legalidade do concurso segundo as leis de jogos de azar dos EUA, informou a CNN.

Durante a audiência, os advogados de Musk foram obrigados a admitir em tribunal que os ganhadores do sorteio não foram selecionados aleatoriamente, ao contrário do que o bilionário havia afirmado anteriormente, segundo a CNN. Em vez disso, eles foram escolhidos com base na adequação para representar o America PAC.

O Departamento de Justiça dos EUA emitiu um alerta no final de outubro, indicando que o programa de sorteios diários pode violar as leis eleitorais federais que proíbem o pagamento para registro de eleitores.

Estados-pêndulo são estados dos EUA que não têm uma tendência consistente de votar em candidatos de um dos dois principais partidos, o Partido Republicano ou o Partido Democrata. O resultado das eleições presidenciais é frequentemente decidido por esses estados. Em 2024, Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Carolina do Norte, Geórgia, Arizona e Nevada são considerados estados-pêndulo.

A eleição presidencial está sendo realizada nos Estados Unidos nesta terça-feira. O Partido Democrata é representado pela vice-presidente Kamala Harris, enquanto o Partido Republicano é representado pelo ex-presidente Donald Trump.