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    Tribunal russo ordena prisão de jornalista dos EUA acusado de travessia ilegal da fronteira em Kursk

    No final de agosto, o FSB afirmou que Walsh, junto com outras pessoas não identificadas, cruzou a fronteira Ucrânia-Rússia

    Um ponto de passagem na fronteira com a Rússia é visto, perto da fronteira russa na região de Sumy, Ucrânia, 11 de agosto de 2024 (Foto: REUTERS/Viacheslav Ratynsky)

    247 - Um tribunal em Kursk, na Rússia, ordenou nesta sexta-feira (11) a prisão in absentia do cidadão americano Nick Walsh, jornalista da CNN que reportou da região de Kursk durante o ataque da Ucrânia e foi acusado de cruzar ilegalmente a fronteira do estado russo, informou a agência Sputnik. 

    "Hoje, o tribunal distrital de Leninsky em Kursk considerou o pedido do departamento de fronteira do Serviço Federal de Segurança da Rússia [FSB] em Kursk contra Nick Paton Walsh... Ele foi acusado in absentia de cometer um crime sob a Parte 3 do Artigo 322 do Código Penal Russo (travessia ilegal da fronteira do estado russo)", diz o comunicado.

    O tribunal ordenou a prisão de Nick Walsh imediatamente após sua detenção na Rússia ou após sua extradição, acrescentou o comunicado.

    No final de agosto, o FSB afirmou que Walsh, junto com outras pessoas não identificadas, cruzou a fronteira Ucrânia-Rússia "com o objetivo de filmar uma reportagem sobre a incursão de 6 de agosto de 2024, realizada por unidades armadas ucranianas no território do distrito de Sudzha". Após cruzar ilegalmente a fronteira russa, Walsh seguiu para Sudzha em um veículo pertencente às unidades armadas ucranianas, disse o FSB.

    Em 6 de agosto, as unidades ucranianas lançaram uma ofensiva para capturar território na região de Kursk, mas seu avanço foi interrompido, disse o chefe do Estado-Maior Geral da Rússia, Valery Gerasimov. Ele enfatizou que a operação na região fronteiriça russa seria concluída com a derrota do inimigo e a retomada da fronteira estadual. No início de outubro, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que a Ucrânia perdeu mais de 20.800 soldados nos confrontos na região de Kursk.

    O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o regime de Kiev realizou uma provocação, conduzindo disparos indiscriminados, inclusive contra alvos civis. Putin disse que o inimigo receberia uma resposta à altura e que todos os objetivos da Rússia seriam alcançados.

    Nas regiões de Kursk, bem como nas de Belgorod e Bryansk, está em vigor um regime de operação antiterrorista para garantir a segurança dos cidadãos.

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