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      Trump autoriza corte de 10 mil funcionários no Departamento de Saúde dos EUA

      FDA será a agência mais atingida pela redução, que atinge também o CDC e os Institutos Nacionais de Saúde com foco em enxugamento da máquina pública

      Donald Trump impôs tarifas de 25% sobre importações de automóveis pelos Estados Unidos (Foto: Evelyn Hockstein/Reuters)
      Camila França avatar
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      247 - O governo do ex-presidente Donald Trump anunciou, nesta quinta-feira (27), a demissão de 10 mil funcionários do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS, na sigla em inglês), como parte de uma ampla reestruturação. De acordo com reportagem do jornal O Globo, a medida, defendida pelo secretário de Saúde, Robert Kennedy Jr., busca centralizar operações e reduzir a máquina pública. “Vamos fazer mais com menos”, afirmou Kennedy em vídeo divulgado à população. O HHS passará de 82 mil para cerca de 62 mil servidores, com a fusão de 28 divisões em 15 e a redução de escritórios regionais de dez para cinco.

      As demissões afetam diretamente áreas estratégicas como a Food and Drug Administration (FDA), que perderá 3,5 mil servidores, parte deles ligados à pesquisa e à inspeção de alimentos e medicamentos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) também sofrerá um corte de 2,4 mil funcionários e concentrará suas atividades na resposta a epidemias, o que pode afetar programas como o combate ao HIV, campanhas contra o tabaco e vacinação infantil. Os Institutos Nacionais de Saúde terão 1,2 mil desligamentos, e os programas Medicare e Medicaid, mais 300.

      Kennedy Jr., conhecido por seu histórico controverso contra vacinas, argumenta que a burocracia interna impede o bom funcionamento da pasta. “O HHS tem mais de 100 escritórios de comunicação e mais de 40 departamentos de TI. Em muitos casos, eles nem sequer se comunicam entre si”, criticou. Ele também afirmou que havia servidores impedindo o acesso do gabinete do secretário a bases de dados importantes, o que levantou preocupações sobre o uso político dessas informações sensíveis.

      Ex-chefe da FDA durante o governo Biden, Robert Califf alertou para os riscos da medida, afirmando que cortes abruptos podem comprometer a colaboração entre equipes e a própria eficácia dos serviços públicos. “Se você vem para o trabalho doente do estômago, como Russell Vought disse que queria, as pessoas não conseguirão colaborar tão bem. Elas suspeitam umas das outras”, disse. Califf também destacou que uma reorganização dessa magnitude pode prejudicar o controle de qualidade de alimentos e medicamentos no país.

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