Trump destaca ‘mandato implacável' em discurso ao Congresso e aprofunda tensões com aliados
A fala de Trump provocou intensas reações, com aplausos entusiasmados dos republicanos e vaias dos democratas
247 - Em seu primeiro discurso ao Congresso desde que retornou à Casa Branca, Donald Trump fez uma declaração contundente sobre sua nova gestão, enfatizando medidas protecionistas, cortes no setor público e uma postura agressiva na política externa.
A fala provocou intensas reações, com aplausos entusiasmados dos republicanos e vaias dos democratas, alguns dos quais abandonaram o plenário em protesto.
Durante os 100 minutos de discurso – o mais longo de um presidente dos EUA ao Congresso na era moderna – Trump exaltou o que chamou de "retorno da América" e anunciou tarifas drásticas contra o México, o Canadá e a China, aprofundando a guerra comercial que tem causado turbulência nos mercados. Suas novas medidas foram recebidas com preocupação, inclusive por setores empresariais e por parte do próprio Partido Republicano, aponta reportagem da Reuters..
Impactos Globais e a Reação da Europa
Um dos momentos mais polêmicos foi a suspensão abrupta da ajuda militar à Ucrânia, uma decisão que surpreendeu aliados europeus e gerou temores de que Washington esteja se distanciando da OTAN. O presidente russo, Vladimir Putin, saudou a decisão, enquanto líderes europeus, especialmente da Alemanha e da França, expressaram preocupação com o que chamaram de "abandono da Ucrânia em um momento crítico".
Confronto político e reação democrata
O discurso também foi marcado por ataques diretos aos democratas, à imprensa e a grupos de imigrantes. Trump prometeu expandir sua política de deportações em massa e endurecer as regras para entrada de estrangeiros nos EUA, reforçando sua retórica de campanha contra o que chama de "ameaças externas".
Os democratas responderam com veemência. A senadora Elissa Slotkin, escolhida para o discurso de refutação, evocou a memória de Ronald Reagan para criticar a guinada de Trump em relação à segurança nacional e às alianças internacionais. "Como uma filha da Guerra Fria, sou grata por ter sido Reagan e não Trump no cargo nos anos 80. Trump nos teria feito perder a Guerra Fria", afirmou.
Agenda doméstica: mais tarifas e cortes fiscais
Trump reafirmou sua intenção de impor novas tarifas a partir de abril, justificando a medida como uma resposta às políticas comerciais "injustas" de outros países. No entanto, muitos republicanos permaneceram sentados durante esse trecho do discurso, evidenciando a divisão interna do partido sobre o impacto dessas medidas na economia.
Em relação à política fiscal, Trump propôs um pacote de US$ 4,5 trilhões para cortes de impostos e segurança nas fronteiras, mesmo diante de projeções que indicam que isso poderia adicionar trilhões à dívida pública americana, que já supera US$ 36 trilhões.
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