Trump escolhe Mike Waltz, político linha-dura contrário à China, como conselheiro de segurança nacional
Futuro conselheiro é um dos principais oponentes à China
Reuters - O presidente eleito Donald Trump escolheu o deputado republicano Mike Waltz para ser seu conselheiro de segurança nacional, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto à Reuters na segunda-feira (11), nomeando um Boina Verde aposentado do Exército que tem sido um dos principais críticos da China.
Waltz, um apoiador de Trump que também serviu na Guarda Nacional como coronel, criticou a atividade chinesa na Ásia-Pacífico e expressou a necessidade de os Estados Unidos estarem prontos para um possível conflito na região.
O conselheiro de segurança nacional desempenha um papel poderoso, que não requer confirmação do Senado. Waltz será responsável por informar Trump sobre questões-chave de segurança nacional e coordenar com diferentes agências.
Ao criticar o governo Biden pela retirada desastrosa do Afeganistão em 2021, Waltz elogiou publicamente as opiniões de Trump sobre política externa.
"Os disruptores geralmente não são gentis... francamente, nosso sistema de segurança nacional e certamente muitas pessoas que estão presas a velhos hábitos ruins no Pentágono precisam dessa interrupção", disse Waltz durante um evento no início deste ano.
"Donald Trump é esse disruptor", disse ele.
Waltz tem uma longa história nos círculos políticos de Washington.
Ele foi diretor de política de defesa dos secretários de defesa Donald Rumsfeld e Robert Gates e foi eleito para o Congresso em 2018. Ele é presidente do subcomitê de Serviços Armados da Câmara que supervisiona a logística militar e também está no comitê seleto de inteligência.
Waltz também está na Força-Tarefa Republicana sobre a China e argumentou que o exército dos EUA não está tão preparado quanto deveria se houver conflito na região do Indo-Pacífico.
Em um livro publicado no início deste ano, intitulado "Hard Truths: Think and Lead Like a Green Beret", Waltz expôs uma estratégia de cinco partes para evitar a guerra com a China, incluindo armar Taiwan mais rapidamente, tranquilizar aliados no Pacífico e modernizar aviões e navios.
Sobre a Ucrânia, Waltz disse que suas visões evoluíram. Após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, ele pediu que o governo Biden fornecesse mais armas a Kiev para ajudá-los a repelir as forças russas.
Mas durante um evento no mês passado, Waltz disse que era preciso haver uma reavaliação dos objetivos dos Estados Unidos na Ucrânia.
"É do interesse da América? Vamos investir o tempo, o dinheiro e os recursos de que tanto precisamos no Pacífico agora?", perguntou Waltz.
Waltz elogiou Trump por pressionar os aliados da OTAN a gastar mais em defesa, mas, diferentemente do presidente eleito, não sugeriu que os Estados Unidos se retirassem da aliança.
"Olha, podemos ser aliados e amigos e ter conversas difíceis", disse Waltz no mês passado.
Waltz demonstrou sua lealdade a Trump no início deste ano, quando compareceu à audiência de Trump sobre o pedido de silêncio em Manhattan, em 16 de maio, sendo um dos poucos legisladores a fazê-lo.
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