Trump minimiza vazamento de informações militares e oposição exige demissão de secretário de Defesa

247 - O presidente dos EUA, Donald Trump, minimizou o vazamento de conversas militares norte-americanas neste semana, após um jornalista ser adicionado erroneamente em um grupo de funcionários do alto escalão de seu governo. "Não houve informações confidenciais, pelo que entendo", afirmou o republicano nesta terça-feira (25). 

Trump ainda acrescentou que o uso do aplicativo Signal é comum: "É algo que muitas pessoas usam no governo, muitas pessoas da mídia usam", mas completou dizendo que preferiria que todos estivessem "sentados em uma sala juntos".

O presidente norte-americano rejeitou a possibilidade de demissões e descreveu o vazamento como algo simples: "É só uma dessas coisas que podem acontecer".

Já a oposição reagiu duramente. O deputado democrata Seth Moulton, veterano dos Fuzileiros Navais, acusou o governo de mentir sobre a gravidade do ocorrido: "Estão dizendo que não havia informações classificadas? Mesmo sem saber todos os detalhes, sabemos que o horário do ataque estava nas mensagens. Sejamos claros: isso é informação classificada".

O líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, exigiu a demissão imediata do secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmando: "Pete Hegseth é o secretário de Defesa mais despreparado da história americana. Seu comportamento choca a consciência, colocou vidas americanas em risco e provavelmente violou a lei".

O senador Mark Warner criticou a falta de transparência do governo: "Se não havia material classificado, então compartilhem as mensagens com o Congresso. Vocês não podem ter as duas coisas ao mesmo tempo".