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    Turquia se oferece para sediar conversações de paz entre Rússia e Ucrânia

    A Turquia tem buscado agir como mediadora desde a última rodada de negociações que fracassou menos de um mês após o início do conflito

    Erdogan, Zelensky, Putin (Foto: Reuters)

    247 - A Turquia está pronta para servir como intermediária em conversações de paz entre a Rússia e a Ucrânia mais uma vez, disse o presidente turco Recep Tayyip Erdogan na quarta-feira (28), antes da visita do ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, ao país e do Fórum de Diplomacia de Antalya ainda esta semana, informa o site RT.

    Com o conflito entre Rússia e Ucrânia agora em seu terceiro ano, a diplomacia e o diálogo devem ser dados uma chance para uma "resolução justa e duradoura", disse Erdogan.

    "Para alcançar esse objetivo, o uso de canais diplomáticos no mais alto nível de todas as possibilidades é de grande importância", declarou Erdogan em mensagem de vídeo na quarta-feira à Cúpula Ucrânia-Sudeste Europeu na Albânia, onde o presidente ucraniano Zelensky tem tentado obter apoio para os esforços de guerra de Kiev.

    Zelensky abordou os estados balcânicos na Cúpula com ofertas de iniciar a produção conjunta de armas. A Ucrânia está interessada na coprodução, pois está enfrentando "problemas com o fornecimento de munições", o que piora a "situação no campo de batalha".

    O líder turco, enquanto isso, disse que não foram feitos esforços suficientes para reunir Rússia e Ucrânia e tentar estabelecer um discurso pacífico. Ele reiterou "o apoio da Turquia à independência, soberania, segurança e integridade territorial da Ucrânia", acrescentando que apoia "em princípio" a fórmula de paz de 10 pontos de Zelensky.

    A Rússia tem insistido repetidamente que ainda está pronta para resolver as hostilidades por meio de negociações, culpando a falta de avanço diplomático em Kiev. Anteriormente, Moscou rejeitou a fórmula de paz de Zelensky como um ultimato "absurdo", pois inclui o retorno não negociável de todos os territórios ucranianos anteriores, bem como a retirada de todas as tropas russas sem condições prévias.

    Caso Rússia e Ucrânia voltem à mesa de negociações, as conversas potenciais não serão as mesmas, pois Kiev terá que aceitar a "nova realidade", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, no início deste mês, aparentemente referindo-se à incorporação de quatro regiões ucranianas anteriores – Zaporíjia e Kherson, além de Donetsk e Lugansk - à Rússia após referendos no final de 2022.

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