Ucrânia ataca instalação petrolífera no sul da Rússia; Kremlin critica 'sabotagem de acordos'
O Ministério da Defesa da Rússia descreveu os ataques de Kiev como uma provocação deliberada
Opera Mundi - Horas após os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, entrarem em acordo sobre um cessar-fogo à estrutura energética da Ucrânia, o exército liderado por Volodymyr Zelensky lançou nesta quarta-feira (19/03) três drones contra uma instalação petrolífera na região russa de Krasnodar, no sul do país.
O Ministério da Defesa da Rússia descreveu os ataques de Kiev como uma provocação deliberada “destinada a interromper as iniciativas de paz do presidente dos EUA”, uma vez que, por ordem presidencial, o exército de Moscou já interceptou sete de seus próprios drones lançados anteriormente ao complexo militar-industrial ucraniano na região de Nikolaev.
Em coletiva, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou a ofensiva de Kiev como uma “sabotagem de acordos”.
“Já há informações amplamente disponíveis sobre o comando do presidente russo, o comando do comandante-em-chefe supremo da Rússia [sobre o término dos ataques contra as instalações de energia ucranianas pelo período de 30 dias] no momento do lançamento desses ataques. O regime de Kiev não fez nada para cancelá-los. Portanto, tais ações definitivamente vão contra esses esforços comuns”, enfatizou o representante russo.
Um dos drones ucranianos atingiu um depósito de petróleo perto da cidade de Kavkazskay, enquanto outro rompeu um tanque de óleo, provocando um incêndio de 1.700 metros quadrados.
A agência de aviação civil da Rússia informou a suspensão de voos dos aeroportos de Kazan, Nizhny Novgorod e Nizhnekamsk, todos localizados centenas de quilômetros a leste da capital Moscou, por razões de segurança.
Suspensão temporária de ataques a instalações enegéticas - Na terça-feira (18/03), minutos após uma conversa telefônica entre Putin e Trump, o Kremlin anunciou a decisão do presidente russo de suspender os ataques à estrutura energética da Ucrânia durante os próximos 30 dias.
Em comunicado, o governo da Rússia expressou que, durante o diálogo, o presidente dos EUA propôs “que as partes em guerra se abstivessem de atacar instalações de infraestrutura de energia por 30 dias”, sugestão que foi aceita pelo mandatário russo.
Moscou também afirmou que a medida foi colocada em vigência imediatamente e que não corresponde a um acordo de cessar-fogo abrangente, para o qual a Rússia faz mais exigências, incluindo a de que “seja interrompida toda e qualquer ajuda militar estrangeira e o fornecimento de informações de inteligência a Kiev”.
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