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UE diz que resultados das eleições 'não podem ser reconhecidos' e Caracas responde: 'tirem os narizes da Venezuela'

Até o momento, bloco evita falar em impor sanções

Bandeiras da União Europeia (Foto: REUTERS/Yves Herman)

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247 - A União Europeia (UE) declarou que os resultados da eleição na Venezuela, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), "não podem ser reconhecidos".

Anteriormente, Espanha, Itália, França, Alemanha, Países Baixos, Polônia e Portugal pediram à Venezuela que publicasse todos os protocolos das urnas para garantir a transparência da votação na eleição presidencial que ocorreu no final de julho.

"Apesar de seu próprio compromisso, o CNE ainda não publicou os registros oficiais de votação ('actas') das mesas eleitorais. Sem evidências para sustentá-los, os resultados publicados em 2 de agosto pelo CNE não podem ser reconhecidos", disse o Conselho da UE em comunicado.

Qualquer tentativa de atrasar a "publicação completa dos protocolos oficiais de votação" apenas levantará mais dúvidas sobre a credibilidade dos resultados oficialmente divulgados, acrescentou.

A eleição presidencial na Venezuela foi realizada em 28 de julho, e o Conselho Nacional Eleitoral declarou Nicolás Maduro como vencedor. No dia seguinte, protestos ocorreram no país por aqueles que discordavam dos resultados da eleição; confrontos violentos entre forças de segurança e manifestantes ocorreram em Caracas e outras cidades, resultando na detenção de mais de 2.000 pessoas. Washington, sem esperar pelos resultados da contagem dos votos e posterior auditoria, pediu à comunidade internacional que reconhecesse o líder da oposição Edmundo Gonzalez como o vencedor da eleição presidencial na Venezuela. Legisladores dos EUA e da UE, responsáveis por relações internacionais, ameaçaram na sexta-feira responsabilizar Maduro se ele não renunciar voluntariamente como chefe de Estado após a eleição, classificando os resultados como fabricados.

CHANCELARIA REAGE - O chanceler da Venezuela, Yván Gil, respondeu ao comunicado da UE divulgado por Josep Borrell que afirmava que os resultados das eleições venezuelanas, anunciados pelo CNE, "não podem ser reconhecidos". Gil denunciou a interferência da UE nos assuntos internos da Venezuela, destacando que o país "ganhou a sangue e fogo sua independência".

Gil criticou a UE por apoiar figuras como Juan Guaidó, referindo-se à "agressão de Guaidó 1.0" e afirmando que qualquer tentativa similar, como "Guaidó 2.0", será igualmente derrotada pelo povo venezuelano e suas instituições. Ele concluiu pedindo respeito e silêncio por parte da UE, destacando que "os protegidos fascistas" não retornarão ao poder no país. (Com informações da Sputnik). 

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