União Europeia pede que países aceitem afegãos após Grécia anunciar muro
"A Comissão está disposta a considerar os meios orçamentários necessários para apoiar os Estados-membros da União Europeia que se oferecerem a ajudar os refugiados a se instalarem em seu território", disse a presidente Ursula Von der Leyen
Da RFI - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu neste sábado (21) a todos os países, principalmente os europeus, para receberem refugiados afegãos e afirmou que os Estados-membros da União Europeia terão apoio financeiro da Europa. A fala de Von der Leyen acontece um dia após a Grécia ter anunciado ampliar a vigilância de suas fronteiras, com um muro de 40 quilômetros, para conter uma potencial crise migratória provocada pela chegada do Talibã ao poder no Afeganistão.
"Faço um apelo a todos os Estados que participaram das missões no Afeganistão, aos europeus e a outros que concedam condições suficientes de recepção para que possamos agir coletivamente em ajuda daqueles que precisam de proteção", afirmou Ursula von der Leyen, após uma visita a um centro de acolhida de afegãos na Espanha.
"A Comissão está disposta a considerar os meios orçamentários necessários para apoiar os Estados-membros da União Europeia que se oferecerem a ajudar os refugiados a se instalarem em seu território", continuou, em coletiva de imprensa na base militar de Torrejón de Ardoz, onde o centro de acolhida foi instalado.
Acompanhada pelo presidente do governo Pedro Sánchez, Von der Leyen e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, visitaram esta base, por onde devem passar todos os afegãos que trabalharam em Cabul para as instituições da União Europeia, junto com suas famílias, antes de serem redistribuídos para diferentes países.
Sem dar números, Sánchez afirmou, sem fornecer números, que uma certa quantidade de afegãos já foi para outros países, principalmente para a "Dinamarca e outros para os países bálticos".
Muro levantado entre Grécia e Turquia
A visita acontece um dia após a Grécia ter anunciado a ampliação do controle nas fronteiras e a ampliação do muro existente na fronteira com a Turquia para evitar a entrada de migrantes ilegais para pedir asilo à Europa.
De acordo com o ministro grego de Proteção Civil, Michalis Chrisochoidis, o muro instalado teria atualmente 40 km e teria o objetivo de evitar as cenas da crise migratória de 2015.
"Não podemos esperar, passivamente, pelo possível impacto", disse Chrisochoidis, de acordo com o jornal britânico Guardian. "Nossas fronteiras permanecerão seguras e invioláveis".
Neste sábado, ao falar sobre o caráter sensível da questão da migração na Europa, o presidente do Conselho Europeu defendeu o estabelecimento de "migrações regulares e ordenadas".
No evento, não foi divulgado quantos países-membros da UE se comprometeram a receber refugiados afegãos nem se alguns governos se recusaram. A Grécia já tinha se pronunciado publicamente na semana passada que não aceitaria refugiados afegãos.
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