Xi Jinping diz que laços com Brasil vão "muito além das relações bilaterais" e Alckmin afirma que China é "inspiração"
O vice-presidente do Brasil se reuniu com o presidente chinês nesta sexta-feira, em Pequim
247 - Em um encontro marcado pela celebração de fortes laços e cooperação, o presidente chinês, Xi Jinping, e o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin (PSB), reforçaram o compromisso entre China e Brasil em Pequim. A reunião destacou a crescente importância da parceria estratégica e econômica entre os dois países, enquanto ambos se posicionam em um cenário global em transformação, relata o jornal O Globo.
Em seu discurso, Xi Jinping enfatizou que os laços entre China e Brasil transcendem as meras relações bilaterais, representando um modelo para a solidariedade e a cooperação entre as nações em desenvolvimento. “Atualmente, o mundo enfrenta mudanças importantes que não eram vistas há um século”, afirmou Xi. "Como países em desenvolvimento e importantes economias emergentes, os laços entre China e Brasil vão muito além das relações bilaterais e são um modelo para promover a solidariedade e a cooperação entre nações em desenvolvimento, e também para a paz e a estabilidade mundial".
A China se mantém como o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral alcançando US$ 175 bilhões em 2023, de acordo com dados fornecidos pelo governo brasileiro. A relação comercial é marcada pela exportação de semicondutores, celulares e produtos farmacêuticos da China para o Brasil.
Durante a visita, Alckmin participou de um fórum econômico em Pequim, que contou com a presença de quase 200 empresários brasileiros. O vice-presidente destacou o crescente interesse das empresas chinesas em investir no Brasil e o modelo de desenvolvimento chinês. “Para nós, a China é uma inspiração”, disse Alckmin, ressaltando os significativos avanços sociais da China nas últimas quatro décadas. Ele também reforçou o compromisso do presidente Lula com um modelo de “desenvolvimento inclusivo”.
Além das questões econômicas, tanto a China quanto o Brasil têm se posicionado como mediadores no conflito na Ucrânia, rejeitando a imposição de sanções à Rússia. A postura de ambos os países reflete uma visão compartilhada sobre a necessidade de promover a paz e buscar soluções diplomáticas para as tensões globais.
Um dos tópicos centrais da visita de Alckmin a Pequim foi a possibilidade do Brasil aderir à Iniciativa do Cinturão e Rota, uma ambiciosa estratégia de infraestruturas da China. Vários países da América Latina, incluindo Argentina, Chile e Peru, já se uniram à iniciativa. No entanto, o Brasil ainda não assinou o acordo.
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