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      Trump e JD Vance humilham Zelensky na Casa Branca (vídeo)

      Presidente e vice dos Estados Unidos colocam líder ucraniano no seu devido lugar, mas não obtêm acordo de minerais críticos

      Volodymyr Zelensky e Donald Trump na Casa Branca, EUA - 28/02/2025 (Foto: Reuters)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu vice, JD Vance, protagonizaram uma discussão acalorada com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante um encontro na Casa Branca nesta sexta-feira (28). A reunião, que deveria reforçar a cooperação entre os países, terminou com uma forte troca de palavras e expôs ainda mais a fragilidade da Ucrânia diante do conflito com a Rússia.

      Zelensky buscava garantir o apoio dos EUA em meio à guerra que já dura três anos, mas Trump e Vance adotaram um tom crítico, cobrando negociações diretas com Moscou e acusando o líder ucraniano de inflexibilidade. Zelensky, por sua vez, argumentou que não poderia aceitar concessões que comprometessem a soberania do país. O clima tenso culminou com o encerramento precoce da reunião, sem que fosse firmado um acordo estratégico sobre recursos naturais.

      O presidente da Ucrânia não saiu por vontade própria, mas foi "expulso" por Trump, de acordo com informações divulgadas pela repórter da Fox News, Jacqui Heinrich, na rede social X.

      A postura de Trump, que tem dado sinais de aproximação com o Kremlin, tem preocupado aliados europeus e levantado questionamentos sobre o futuro do apoio americano a Kiev. O episódio desta sexta-feira marcou um novo capítulo na mudança da política externa dos EUA, refletindo diretamente na posição ucraniana na guerra.

      Reações internacionais foram imediatas. Líderes europeus reforçaram seu apoio a Zelensky, enquanto autoridades russas, como o ex-presidente Dmitry Medvedev, comemoraram o ocorrido, interpretando-o como uma vitória diplomática para Moscou.

      Dentro dos Estados Unidos, o confronto gerou divergências no Congresso. Parlamentares republicanos defenderam a postura de Trump, enquanto democratas criticaram a abordagem da Casa Branca, argumentando que enfraquece a posição global do país e prejudica a Ucrânia no campo de batalha.

      O episódio revela as dificuldades enfrentadas por Zelensky para manter o apoio ocidental e evidencia as tensões entre a nova administração dos EUA e o governo ucraniano em meio ao prolongamento do conflito.

      Em nota seca, o presidente ucraniano afirmou que o seu país "precisa de uma paz justa e duradoura, e estamos trabalhando exatamente para isso". "Obrigado, América, obrigado pelo seu apoio, obrigado por esta visita. Obrigado @POTUS, Congresso e o povo americano".

      Confira:

      Contexto  

      A Rússia lançou a "Operação Militar Especial" na Ucrânia em fevereiro de 2022. As autoridades russas afirmam que a ofensiva tem como objetivo proteger a população russa submetida a genocídio pelo regime de Kiev. Moscou declara que é necessário remover forças militares e elementos neonazistas da Ucrânia para alcançar esses objetivos.

      As autoridades da Ucrânia negam associações ao nazismo, afirmando que a política do país é completamente livre de fascistas. Kiev argumenta que a invasão russa é uma guerra de agressão e de expansão imperialista.

      A Rússia anexou quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas em outubro de 2022. Em agosto de 2024, a Ucrânia invadiu o território russo e iniciou uma ocupação limitada. 

      Diversos países, especialmente da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), forneceram assistência militar e financeira para a Ucrânia e implementaram sanções contra o governo russo. Irã e Coreia do Norte auxiliaram em diferentes níveis as Forças Armadas da Rússia.

      O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, em conjunto com a China em maio de 2024, uma proposta para negociações com o objetivo de promover uma solução diplomática da crise ucraniana.

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