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    Zelensky discute com Macron possível envio de soldados franceses à Ucrânia

    França e Reino Unido retomaram discussões sobre a possível implantação de soldados ocidentais na Ucrânia

    Volodymyr Zelensky e Emmanuel Macron - 16 de junho de 2022 (Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko)
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    247 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta segunda-feira (13) que conversou com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, e discutiu a ideia do envio de "contingentes" ocidentais para a Ucrânia.

    Zelensky não detalhou se estava se referindo ao envio de forças de combate ou de forças de paz por parte do Ocidente como parte de um acordo para encerrar o conflito com a Rússia, que já dura quase três anos.

    "Hoje conversei com o presidente da França. Foi uma conversa bastante longa e detalhada. Discutimos o apoio em defesa – diversas formas de defesa, pacotes de armas para a Ucrânia", disse Zelensky discurso, conforme citado pela AFP.

    Mais cedo, a Reuters informou, citando um funcionário europeu não identificado, que não há consenso na União Europeia sobre o envio de soldados estrangeiros para a Ucrânia após o fim do conflito. Alguns países consideram a possibilidade de criar uma coalizão de cinco a oito nações sobre essa questão.

    Segundo a agência, a espinha dorsal dessas forças poderia ser formada por grandes países europeus, como França, Alemanha, Itália, Polônia e Reino Unido, e seriam necessários cerca de 100 mil soldados para esses propósitos.

    O jornal Le Monde relatou, citando fontes, que França e Reino Unido retomaram discussões sobre a possível implantação de soldados ocidentais na Ucrânia. De acordo com reportagens da mídia, Paris e Londres não descartam a possibilidade de liderarem uma coalizão na Ucrânia.

    O Serviço de Inteligência Exterior da Rússia informou anteriormente que o Ocidente poderia enviar um chamado "contingente de manutenção da paz" com cerca de 100 mil pessoas com o objetivo de restaurar a capacidade de combate da Ucrânia. O SVR considera que isso seria, de fato, uma ocupação da Ucrânia, informou a agência Sputnik.

    O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o envio de forças de paz só seria possível com o consentimento das partes envolvidas em um determinado conflito."Também discutimos o envio de contingentes parceiros e o treinamento de nossas forças armadas", acrescentou.

    A Rússia lançou a “Operação Militar Especial” na Ucrânia em fevereiro de 2022. As autoridades russas afirmam que a ofensiva tem como objetivo proteger a população russa submetida a genocídio pelo regime de Kiev. Moscou declara que é necessário remover forças militares e elementos neonazistas da Ucrânia para alcançar esses objetivos.

    As autoridades da Ucrânia negam associações ao nazismo, afirmando que a política do país é completamente livre de fascistas. Kiev argumenta que a invasão russa é uma guerra de agressão e de expansão imperialista.

    A Rússia anexou quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas em outubro de 2022. Em agosto de 2024, a Ucrânia invadiu o território russo e iniciou uma ocupação limitada. Diversos países, especialmente da Otan (Aliança do Tratado do Atlântico Norte), forneceram assistência militar e financeira para a Ucrânia e implementaram sanções contra a Rússia. Irã e Coreia do Norte auxiliaram em diferentes níveis as Forças Armadas da Rússia.

    Mais de 12.300 civis foram mortos desde a invasão da Rússia há quase três anos, disse uma autoridade da ONU em janeiro. Moscou contesta as figuras.

    O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, em conjunto com a China em maio de 2024, uma proposta para negociações com o objetivo de promover uma solução diplomática da crise ucraniana.

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