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      Acupuntura médica no combate à dor de cabeça

      Acupuntura médica reduz crises de enxaqueca e cefaleia crônica, com respaldo científico, segurança e uso crescente no Brasil.

      Divulgação

      Técnica milenar, hoje reconhecida como especialidade médica, ganha espaço no tratamento complementar de enxaquecas e cefaleias crônicas.

      A dor de cabeça é uma das queixas médicas mais frequentes em todo o mundo e pode variar de incômodos leves até crises intensas de enxaqueca. Estimativas indicam que milhões de brasileiros sofrem com cefaleias recorrentes, impactando produtividade e qualidade de vida. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a enxaqueca entre as condições médicas mais incapacitantes, devido ao grau de limitação que pode causar. Diante desse cenário, a acupuntura desponta como uma aliada importante no alívio da dor de cabeça – não por acaso, a técnica é utilizada há séculos na Medicina Tradicional Chinesa e, desde 1995, é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como uma especialidade médica no Brasil.

      Clínicas e serviços de saúde por todo o país já incorporam a acupuntura no manejo de cefaleias tensionais e enxaquecas. No Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, o tratamento é oferecido gratuitamente à população – são cerca de 1 milhão de atendimentos de acupuntura por ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Profissionais relatam que muitos pacientes buscam a acupuntura para reduzir o uso contínuo de analgésicos, os quais podem causar efeitos colaterais e até provocar a chamada cefaleia de rebote (dor de cabeça induzida por uso excessivo de medicamentos).

      Evidências clínicas promissoras: Estudos científicos vêm demonstrando os benefícios da acupuntura no tratamento da dor de cabeça. Uma metanálise que reuniu 34 estudos clínicos randomizados envolvendo mais de 3 mil pacientes com enxaqueca constatou que a terapia com acupuntura pode reduzir significativamente a frequência e a intensidade das crises. Por exemplo, nesse conjunto de estudos, pacientes tratados com acupuntura tiveram em média duas crises de enxaqueca a menos por mês, além de relatarem dores menos intensas, em comparação aos que não receberam o tratamento. Outros trabalhos apontam benefícios também na cefaleia tensional crônica – cerca de metade dos pacientes submetidos a sessões regulares de acupuntura apresentam redução de pelo menos 50% na frequência mensal das dores tensionais. Tais resultados reforçam o caráter científico da acupuntura médica e têm levado a um maior reconhecimento da técnica entre neurologistas e outros especialistas.

      O mecanismo de ação da acupuntura na cefaleia ainda é tema de investigação, mas pesquisas sugerem que a estimulação de pontos específicos com agulhas finíssimas leva à liberação de substâncias analgésicas naturais do próprio corpo, como endorfinas e serotonina, além de promover um efeito modulador em vias nervosas ligadas à dor. "A acupuntura é uma prática médica importante, com fundamentação científica robusta", enfatiza a Dra. Janete Bandeira, diretora do CMBA, apontando que o tratamento da dor é um dos campos em que essa terapia mais se destaca. Diferentemente de medicamentos, a acupuntura raramente apresenta efeitos adversos significativos quando realizada corretamente.

      Segurança e recomendações: Por se tratar de um procedimento de competência médica, a acupuntura deve ser realizada exclusivamente por médicos capacitados, com Registro de Qualificação de Especialista (RQE) em Acupuntura. Entidades como o Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA) e o Colégio Médico de Acupuntura de São Paulo (CMAeSP) orientam que o paciente verifique se o profissional tem formação adequada para evitar riscos. Além disso, antes de iniciar as sessões, é fundamental passar por um diagnóstico médico criterioso, pois uma dor de cabeça pode ser sintoma de condições sérias (como tumores cerebrais ou meningite). A acupuntura, nesses casos, pode até ajudar no alívio da dor, mas não deve mascarar nem substituir a investigação e o tratamento adequado da causa de base.

      Quando aplicada por profissionais não habilitados, há riscos significativos envolvidos. O CFM tem alertado sobre complicações graves em pacientes atendidos por não médicos, incluindo perfuração do pulmão (pneumotórax) e infecções. Por outro lado, sob os cuidados de um médico especialista, a acupuntura é considerada segura e pode integrar de forma efetiva o plano terapêutico de quem sofre com cefaleias crônicas.

      Em resumo, a acupuntura médica surge como uma ferramenta valiosa e embasada no combate às dores de cabeça. Utilizada de forma complementar – e nunca em substituição – aos tratamentos convencionais, ela pode proporcionar alívio significativo para muitos pacientes, melhorando seu bem-estar e reduzindo a dependência de medicamentos. Com o respaldo de instituições como CFM, CREMESP, CMBA e CMAeSP, essa especialidade médica consolidou-se como uma opção terapêutica segura e eficaz, disponível tanto na rede pública quanto na privada.

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