Almirante Garnier, citado em delação de Cid, “some do mapa” e perde apoio até mesmo dentro da Marinha
Ex-colegas de Garnier, consultados pelo blog, disseram que ele não responde às mensagens e não atende ligações
247 - “O almirante Almir Garnier submergiu e se isolou depois que veio a público parte do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) teria sido testemunha de um planejamento de golpe de Estado do ex-presidente, que teve o apoio somente da Marinha dentre as Forças Armadas”< informa o jornalista Ricardo Noblat em sua coluna no Metrópoles.
“Ex-colegas de Garnier, consultados pelo blog, disseram que ele não responde às mensagens e não atende ligações. Ele também deixou o Twitter, onde geralmente curtia tweets de conotação golpista. Oficialmente, o militar diz que só vai se manifestar ‘nos autos’”, acrescenta.
Saiba mais- A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI dos atos golpistas, anunciou nesta quinta-feira (21) que solicitará a quebra do sigilo telemático do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, que foi mencionado em uma delação feita por Mauro Cid, segundo reportagem do UOL. Em delação premiada à Polícia Federal, Cid teria contado que o militar foi consultado por Jair Bolsonaro sobre sua disposição em participar de um golpe e que ele deu uma resposta afirmativa. "Diante dos acontecimentos de hoje, a presença do almirante Garnier na CPI se torna fundamental", afirmou Eliziane Gama.
Cid também alegou que Filipe Martins, então assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, apresentou uma minuta de plano golpista. Não foi confirmado se essa minuta é a mesma que foi encontrada na posse do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres. O tenente-coronel relatou que o assessor levou um advogado constitucionalista e um padre para uma reunião relacionada a esses planos.
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