Análise da PF diz que voto impresso "encarece bastante" o processo eleitoral
Peritos da Polícia Federal deram a conclusão em um relatório sobre urnas eletrônicas em um contexto no qual Jair Bolsonaro e seus apoiadores questionam, sem provas, a lisura do sistema eleitoral, o que já causou atritos com o Poder Judiciário, especialmente com o TSE e com o STF
247 - Peritos da Polícia Federal apontaram, em relatório sobre urnas eletrônicas, afirmaram que a adoção do voto impresso auditável "encarece bastante" o processo eleitoral. A análise faz parte de parecer produzido pela Polícia Federal durante as eleições municipais de 2016. O teor da análise foi publicado pela CNN Brasil.
"Recentemente, foi aprovada uma lei que requer que cada voto seja impresso e depositado em uma urna acoplada na urna eletrônica, de modo que caso haja desconfiança de fraude, os votos físicos possam ser contados e comparados com o boletim de urna. Este procedimento é satisfatório para atender ao requisito de auditoria, porém encarece bastante o processo (será necessário adicionar uma impressora e uma urna convencional a cada conjunto, haverá maior possibilidade de falha mecânica)", observou a análise dos peritos.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a estimativa é que a adoção do voto impresso auditável, previsto em uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) em trâmite na Câmara dos Deputados, tenha um custo de cerca de R$ 2 bilhões.
A discussão sobre o voto impresso vem sendo levantada por Jair Bolsonaro, que manifestou em várias ocasiões a sua posição favorável à mudança na forma de se contabilizar o resultado das eleições de 2022. O Tribunal Superior Eleitoral decidiu por unanimidade na última segunda-feira (2) abrir um inquérito administrativo contra ele, que questiona sem provas a lisura do sistema eleitoral brasileiro.
Em queda nas pesquisas, Bolsonaro teme a derrota na próxima eleição. De acordo com pesquisa da Futura Inteligência, divulgada na última quarta-feira (28), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria 51,3% dos votos, contra 32,9% de Bolsonaro em um eventual segundo turno.
No dia seguinte, o Instituto Paraná Pesquisas divulgou um levantamento apontando o petista com 43,3% num segundo turno, contra 38,2% de Bolsonaro.
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