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    “As Forças Armadas estão no aparelho de Estado e não estão dispostas a sair em 2022”, afirma José Genoino

    O ex-parlamentar afirmou que é urgente recolocar as Forças Armadas sob o poder civil. Ele disse ainda que a eleição de Bolsonaro só foi possível por causa do Exército “Eu acho que ele representou a possibilidade dos militares voltarem ao poder sem uma interrupção abrupta do ponto de vista militar e político”, declarou. Assista

    (Foto: ABr)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - Ex-deputado federal e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoino avaliou na TV 247 a participação dos militares no governo Jair Bolsonaro. Segundo ele, “as Forças Armadas estão no aparelho de Estado e não estão dispostas a sair em 2022”.

    De acordo com Genoino, o porão das Forças Armadas atuou para colocar o revanchismo no poder, com o mote de que "contra o PT e a esquerda tudo vale". Para ele, é decisivo recolocar as Forças Armadas debaixo do poder civil e eliminar a ideia de "lei e ordem" e de tutela. 

    “As forças democráticas têm uma tarefa gigantesca. O golpe de 2016, a prisão do Lula e a eleição manipulada produziram um novo modelo de regime político baseado em três elementos centrais: a tutela militar, o papel da mídia corporativa e os monopólios midiáticos e o sistema de Justiça, especificamente o lawfare, da criminalização da política”, analisou o político.

    Segundo Genoino, a eleição de Jair Bolsonaro é parte de uma estratégia dos militares para retornarem ao poder sem a necessidade de um novo golpe, como o que ocorreu em 1964. “A eleição do capitão só foi viável por causa das Forças Armadas, particularmente do Exército. Aí há um matrimônio inseparável. Seu governo depende desta tutela. Isso vem da campanha de 2018, veja a intervenção no Rio de Janeiro, a campanha eleitoral, a maneira como se desenvolveu a campanha, a maneira como se montou o governo, e eu acho que ele representou a possibilidade dos militares voltarem ao exercício do poder sem a necessidade de uma interrupção abrupta do ponto de vista militar e político. Essa ideia de que vem um golpe, de que vem uma crise de natureza militar acho que é uma visão que não corresponde”, disse.

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