Bolsonaro comemora decisão da Anvisa de suspender vacina e diz que "ganhou" de Doria
Em comentário no Facebook, Jair Bolsonaro citou fake news ao falar dos efeitos colaterais da Coronavac e disse “mais uma que Jair Bolsonaro ganha", referindo-se à decisão da Anvisa, dirigida por um bolsonarista, de suspender os testes da Coronavac. A vacina é desenvolvida em parceria com o governo de São Paulo, João Doria
247 - Levando mais uma vez a questão do combate à pandemia para esfera da disputa política, Jair Bolsonaro disparou fake news em comentário no Facebook na manhã desta terça-feira (10), apontando diversos efeitos colaterais da vacina Coronavac e disse “mais uma que Jair Bolsonaro ganha", referindo-se ao governador de São Paulo, João Doria, que iniciou a parceria com a fabricante chinesa Sinovac para produção da vacina.
O comentário de Bolsonaro foi publicado em resposta a um usuário, que perguntou se o Brasil poderia comprar e produzir a vacina.
"Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", escreveu Bolsonaro, sem citar fontes ou referências científicas na sua afirmação.
A suspensão do teste clínico da vacina chinesa Coronavac nesta terça-feira (9) gerou desconforto e estranheza no governo paulista, que teme que o episódio seja usado politicamente para retardar o cronograma de aprovação do imunizante e a vacinação.
O diretor geral do Instituto Butantan em São Paulo, Dimas Covas, acusou nesta segunda-feira (9) a Anvisa, sob direção do bolsonarismo, de suspender os testes da Coronavac sem qualquer motivo técnico. A vacina é desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o governo do Estado de São Paulo. O governo chinês e João Doria são dois dos alvos permanentes de Jair Bolsonaro, que tem atacado sistematicamente a Coronavac.
Dimas Covas, afirmou que a morte usada como justificativa pela direção bolsonarista da Anvisa para suspensão dos testes da Coronavac trata-se de "um óbito não relacionado à vacina" . Ele acusa: "não existe nenhum momento [ou motivo] para interrupção do estudo clínico" da vacina no Brasil,
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