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Bolsonaro confirma Tarcísio como candidato da extrema direita para 2026

No entanto, Bolsonaro diz a aliados que o governador precisará "ir até ele" pedir benção para se candidatar

Tarcísio Freitas e Bolsonaro (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)

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247 - Jair Bolsonaro (PL) revelou a aliados que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o principal nome do campo da extrema direita para as eleições presidenciais de 2026. Interlocutores e aliados ouvidos pelo jornal O Globo, porém, destacam que, embora Bolsonaro reconheça a preferência por Tarcísio, o ex-mandatário tem enfatizado que, caso o governador deseje disputar a Presidência da República, precisará "ir até ele" para obter o seu aval.

Segundo esses interlocutores, o posicionamento visa reafirmar a influência do ex-mandatário sobre o cenário político, mesmo após ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao afirmar que Tarcísio deve buscar uma aliança com o PL, Bolsonaro não só descarta outros possíveis candidatos, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), como também demonstra sua intenção de manter o controle sobre os rumos da direita e extrema direita nas próximas eleições.

Ainda segundo a reportagem, Bolsonaro também já admite a possibilidade de apoiar Tarcísio mesmo que ele não se filie ao PL, quebrando a expectativa anterior de que a mudança de partido seria uma condição para sua candidatura. Tarcísio havia expressado interesse em se filiar ao PL após as eleições municipais, mas, segundo fontes próximas, sua posição mudou, influenciada pelos conflitos internos dentro do partido e pelo fortalecimento do deputado Hugo Motta (Republicanos) na Câmara dos Deputados.

Por outro lado, a relação entre Tarcísio e a direita bolsonarista já é considerada suficientemente sólida, segundo as partes envolvidas, para que sua candidatura possa ocorrer mesmo sem a filiação ao PL. Entre as expectativas, há a crença de que o Republicanos poderia abrir mão do ministério que detém no governo Lula para unir forças com os bolsonaristas na montagem de uma chapa mais próxima das eleições.

Vale lembrar que Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à inelegibilidade em decorrência de abuso de poder político, relacionado a declarações sobre as urnas eletrônicas. Com isso, ele não poderá concorrer a cargos públicos até 2030, o que faz com que outros nomes da direita busquem espaço, embora o apoio de Bolsonaro seja considerado fundamental neste processo. 

Enquanto isso, outros possíveis candidatos ligados à direita, como Ronaldo Caiado e Romeu Zema, estão em baixa no radar de Bolsonaro. Caiado, que havia manifestado interesse em concorrer à presidência com o respaldo de Bolsonaro, tem sido alvo de críticas constantes do ex-mandatário, especialmente em suas tentativas de reeleger o prefeito de Goiânia, Fred Rodrigues (PL).

Bolsonaro não poupou palavras ao se referir a Caiado, chamando-o de "covarde" devido às medidas restritivas implementadas durante a pandemia de Covid-19 e referindo-se a ele como “rosnador” em eventos recentes, afirmando que ele não "honra a própria palavra". Em relação a Zema, Bolsonaro expressou descontentamento com suas alianças, o que também contribuiu para seu afastamento. 

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