Bolsonaro deixa claro que não é republicano e avisa que vai interferir na PF e na Receita
Jair Bolsonaro explicou nesta quarta-feira que não adotará uma postura republicana na presidência da República e indicou que vai mesmo aparelhar órgãos de controle e combate à corrupção, como a Polícia Federal e o Ministério Público. Ele disse ter sido eleito "para interferir" e demonstrou não se incomodar com as críticas. “Se é para ser um banana, um poste dentro da Presidência, eu estou fora, pô!”
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, ao comentar críticas de que estaria interferindo politicamente em órgãos como a Polícia Federal e a Receita Federal, que foi eleito presidente para “interferir mesmo” e, caso contrário, seria um “banana”.
Em discurso em evento sobre o setor de aço em Brasília, o presidente também disse que se o Acordo de Paris sobre o clima fosse bom, os Estados Unidos não o teriam abandonado, mas afirmou que “por enquanto” o Brasil permanecerá no pacto que visa combater as mudanças climáticas.
“Olha, eu fui presidente para interferir mesmo, se é isso que eles querem”, disse o presidente ao comentar críticas na imprensa de que estaria interferindo na PF e na Receita.
“Se é para ser um banana, um poste dentro da Presidência, eu estou fora, pô!”
Ele disse que apenas sugeriu um nome para substituir o superintendente da PF no Rio de Janeiro, mas que não viu problema no fato de o escolhido ter sido outro, e afirmou que, embora a Receita faça um bom trabalho, tem problemas e esses problemas são resolvidos trocando pessoas.
O presidente voltou a comentar a eleição presidencial na Argentina, onde a oposição conquistou uma expressiva vitória sobre o presidente Mauricio Macri, aliado de Bolsonaro, nas primárias. Ele disse acreditar que a tendência de vitória da esquerda no país vizinho possa ser revertida e pediu que os empresários presentes trabalhem por isso.
Bolsonaro afirmou ainda que quer argentinos no Brasil como turistas, não como refugiados, e disse que se o opositor Alberto Fernández vencer a disputa presidencial na Argentina, poderá trabalhar com ele na área econômica, mas afirmou que na seara política “jamais”.
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