Bolsonaro tentou ser kid preto, mas foi reprovado no curso
Ex-presidente foi reprovado duas vezes no curso para integrar o grupamento especial do Exército acusado de planejar o golpe do 8 de janeiro
247 - Jair Bolsonaro (PL) revelou que tentou, sem sucesso, por duas vezes, integrar o grupo de elite das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”. O apelido se refere ao uso de gorros pretos pelos integrantes em operações sigilosas e de alta complexidade. Em discurso na Câmara dos Deputados em 2019, Bolsonaro comentou sobre sua tentativa de ingressar no Curso de Ações de Comandos, pré-requisito para fazer parte das Forças Especiais, mas admitiu ter fracassado nos testes preparatórios. “Fui deixado para trás”, disse ele, destacando que, apesar de não ter se tornado um “kid preto”, sempre compartilhou a missão de zelar pelo país.
O termo “kid preto” ganhou notoriedade nos últimos dias após a Polícia Federal (PF) prender quatro integrantes desse grupo durante a Operação Contragolpe, que investiga um plano de golpe de Estado envolvendo o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A investigação aponta que o grupo, formado majoritariamente por militares, teria elaborado o plano após as eleições de 2022. Entre os presos está o general da reserva Mario Fernandes, ex-assessor de Bolsonaro, que também participou da solenidade na Câmara em homenagem à tropa de elite do Exército.
A operação da PF trouxe novos desdobramentos envolvendo Bolsonaro, citado como figura central nas investigações. De acordo com os relatórios, ele teria analisado e feito alterações em uma minuta considerada pela PF como o “documento do golpe”. A ação reacende debates sobre a relação entre militares de alta patente e articulações políticas, enquanto reforça os holofotes sobre o papel do ex-presidente em eventos ligados à suposta tentativa de golpe de Estado.
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